Perguntas-me onde estava eu nesse dia :)
Perto do Quartel General, no centro do Porto
À época eu morava por ali
Dirigi-me à escola, no caminho do aeroporto
Ao longo da estrada
Metralhadoras apontavam na minha direcção
Soldados entre as plantas, rentes ao chão
E eu de política não percebia nada
Havia um mal-estar generalizado
As palavras eram punhais
Sabia que devia estar calada
Uns malfeitores
Assaltaram o barco Santa Maria
Abortou a revolta das Caldas
Eram escassos os indicadores
Ah, era pelas canções que a informação me chegava
Mesmo às escuras a revolta germinava
Salgueiro Maia, em frente a um blindado…
Emociono-me
Enfrentou o fogo, perfilado
Chama-se coragem e liberdade
Transformou cada português num cravo vermelho
Os tais cravos com que Zeca Afonso
Andava a semear os caminhos
Os cravos ainda não murcharam no peito
Vão sendo regados pelos sonhos de Abril
Teresa Almeida 25.04.11
Muito bem, Teresa! Gostei da narrativa em poesia!
ResponderEliminarAbril, ontem, hoje e num amanhã, diferente!!!!
Bjuzz :)
Quem foi que me provocou?
ResponderEliminarGostei muito de viver este dia histórico amiga!
Tenhamos esperança num amanhã próspero e tranquilo!
Bjuzz:)