sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Salpicos de ternura

Eu a julgar que entrava em ti
com aquela vontade chamuscada
de abraços a matar saudades…

com aquele fresquinho  sedutor   
que me cobria de poesias
em folhas loiras e avermelhadas
e a brisa que as desprendia
numa suave melodia
que nos teus braços me embalava

mas tu chegas  cheio de calor
secas as amoras silvestres 
que pelos caminhos saboreava
contigo

escondes  lágrimas  transparentes
salpicos de ternura
que espalhavas docemente
em minha pele

e eu quase não te encontro amigo
Teresa Almeida 23-09-2011

6 comentários:

  1. ...quase não te encontro
    nem seco amoras
    nem colho abrunhos
    nem verto lágrimas furtivas
    a encostar a cabeça no teu ombro...

    ...vejo-te
    para lá do arco-íris
    que nasce no repuxo
    e
    ao tomar o café
    num outro lugar
    sem rio
    sem reflexos de cor
    sorrio
    para ti.


    un chi,

    delaidica

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  2. Já andámos por ali
    entre cafés e amoras silvestres
    será que o outono não te vê
    e por isso entristece?

    Até o rio está doente miguinha
    parece enlouquecer
    e com falta de chuvinha
    é capaz de se perder

    Chora encostado às margens
    falta-lhe cor e a alegria
    o arco-iris tarda demais
    é muito timidamente que me diz

    bom dia!

    Beisicos Delaidica,
    boa noite

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  3. Parece que teria de comentar 3 poemas!Fico-me pela primeiro...
    Saudades, algum desencanto perante uma realidade que não corresponde aos anseios. Mas anseios sobre quem ou o quê? Algo misterioso...
    Lindo, amiga Teresa
    Bjuzz

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  4. O Outono está seco como a secura que nos apanha ao abrir uma página de jornal.
    Desencanto amiga.
    Por outro lado, as tuas palavras encantam-me sempre.

    Beijinhos

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  5. Se calhar já disse isto antes mas, mesmo assim, arrisco a considerar este como sendo um dos teus melhores textos. É a minha opinião. Pronto!
    Nem me vou perder no rodeio das palavras. Vou, isso sim, beber cada palavra e deixar saciada a minha sede de beleza.
    Sou teu fã. Claro que sou!
    Beijinhos

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  6. Colho as tuas palavras como se fossem amoras maduras e plenas de sabor.
    São, assim, energia e alento nesta estimulante viagem.
    Releio com emoção.
    Obrigada amigo.
    Beijinhos

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