quinta-feira, 7 de junho de 2012

LA BIELHA PORTALADA


Entra la bida i la poesie adonde l'abrigo findou.
Suonhos bolórun porriba la belheza eimensa
que la belheç le dou. Ye abierta la stória que
por ende se reza: la portalada nunca se cerrou.

La ronda de la bida scribe-se a las bezes an alegrie,
a las bezes an choros de suidade - na bielha portalada.
Eilha amostra sin pudor cumo se smorece d'amor.

Agora parece que le sale la risa de las frinchas,
solo por ber l´aldé a renacer. La cerbeija artesanal
fai riampeçar la tabernica lhocal; sóltan-se bózios d´alegrie
i passéian-se ls ninos cun ls burros to l die.

Ye perciso mirar debagar: l'arte ressona an cada piedra
ousmada a modo i ne l tono subre tono de cada tabra.
Hai ancanto i abandono - na bielha portalada.




O VELHO PORTÃO

Entra a vida e a poesia onde o abrigo findou
Sonhos se esbateram sobre a beleza imensa
que a velhice lhe deu. É aberta a história que
por ali se reza. O portão jamais se fechou.

A ronda da vida escreve-se no riso da criançada
e em choro de saudade – no velho portão.
Ela mostra sem pudor como se pode esmorecer de amor.

Agora parece que o riso sai pela frinchas,
só por ver a aldeia a renascer. A cerveja artesanal  
vem reanimar a pequena taberna local;  soltam- se vozes de alegria
e passeiam-se crianças com os burros todo o dia

É preciso olhar devagar: a arte emerge em cada pedra
ajustada a jeito e no tom sobre tom de cada tábua.
Há encanto e abandono – no velho portão.

Teresa Almeida

9 comentários:

  1. "É preciso olhar devagar: a arte emerge em cada pedra
    ajustada a jeito e no tom sobre tom de cada tábua."
    Magnífico poema.
    E estou a gostar de ler primeiro em mirandês. Consigo perceber bastante.

    Beijo, querida amiga Teresa.

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  2. aind bem que traduziste pois eu perdi-me no inicio..rs..saudades e que tudo eteja perfeito..muitos beijos..

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  3. Teresa, querida amiga, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

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  4. E eu estou a gostar que gostes querido amigo Nelson.
    Um beijo e um bom domingo.

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  5. Também já tinha saudades tuas Quim; finalmente regressaste!
    Vejo que voaste voaste voaste.
    Bem bom!

    Beijinho.

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  6. Si stás bien guapa!

    Bá a ber se t'anscribes.
    http://www.5ancontrodebloguers.blogspot.pt/

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  7. Si, bou a star alhá cun bós. Gusto destes ancontros de bloguers mirandeses.
    Oubrigada.
    Beisicos.

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  8. :)Para mim foi importante traduzires. Belo sentir poético à volta da pedra (que eu metaforizo com o portão, a vida que era, se foi e renasceu). Em suma, a memória que identifica e nos identifica.
    Bjuzz, querida Teresa :)

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  9. Gostei muito desta Ronda das Adegas em Atenor - Miranda do Douro. Parecia que a aldeia estava a ressuscitar; havia envolvimento e inspiração. Sei que, também, gostarias de andar por ali querida amiga Odete.
    Bem hajas.
    Bjuzz.

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