quinta-feira, 23 de maio de 2013

À flor da pele



Sentir-te a pele é a sensação mais intensa
não sei de palavras que toquem este fogo
um toque ao de leve em jeito de conversa
e um arrepio a percorrer o corpo todo

talvez o olhar se quisesse já cruzado
num diálogo quase incerto, impossível
sonho breve num desejo acordado
poema louco, verso intenso e irreprimível

sem disfarces num abraço abandonado
seguiram os lábios o apelo mudo e cego
e as mãos uma viagem desconhecida

O peito levantou-se firme e eriçado
amando a noite e o desassossego
e esta febre entre estrelas renascida

Teresa Almeida

7 comentários:

  1. É bom de mais sentir a pele de quem se ama...
    Magnífico poema. Gostei muito.
    Um beijo minha querida amiga Teresa.

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  2. Não é por acaso que é pela pele que se absorvem os sentires, despertados por toques mágicos...

    Poema apaixonante, amiga Teresa.

    Bjuzz :)

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  3. Não acredito em acasos, assim
    Como os olhos que se cruzam
    Já se cruzaram destinados.
    Assim são as paixões…

    Gostei muito!

    Beijinho

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  4. Um encantador percurso poético, cantando o amor à flor da pele...

    Muita bela sempre a tua poesia,amiga!

    Beijinho

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  5. Reli o teu excelente poema e continuei encantado.
    Mas isso não quer dizer que não tivesse apreciado um novo... eheheh...
    Um beijo e boa semana, querida amiga Teresa.

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  6. O apelo mudo e cego, de uma pele... em flor... Não, não há como fugir ao sinal da pele!
    Um poema que não apetece terminar... Ao teu jeito, minha querida Teresa!

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  7. Poema epidérmico, imagístico, quase sensorial, uma viagem pelo mundo dos sentidos e seus labirintos, sutilezas e alusões das mais poéticas.

    Versos "à flor da pele" que descrevem sem nomear, atinentes portanto, os paralelismos entre o sensorial mais palpável e o imaginário das paixões, do sentimento.

    Um real deleite descobrir tuas letras, cara Teresa, minha admiração maior, meu carinho e amizade.

    André

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