terça-feira, 3 de julho de 2018

MULHER-MENINA

                                 

Como se me abraçasses à primeira volta
Na cintura da tarde enrubescida
E pura lágrima se desprendesse.

Como se na mão me confiasses
Um astro vivo de emoção.

E se murmurasses
Silenciosa canção matutina
E em cada verso apurasses
Minha intimidade de mulher-menina.

E se de segredos fizesses
Beijos ao vento
Meu voo insustentável
E o azul das águias nos picões do espanto.

E se apenas revelasses
Um jogo no espaço
Infinito rodopio ao som da montanha.
Repasseado e grito. Fonte tremendo. 

Miranda querida
Mulher-Menina

Veio de água que meu canto
Estremece.

Teresa Almeida Subtil

https://www.facebook.com/carla.subtilrodrigues/videos/2231240856889991/UzpfSTEwMDAwMDgxNjk4ODM2MjoxNzM4NjY3M


Agradeço à minha filha a surpresa e o carinho deste vídeo.