A escalada é íngreme e não sei onde vou
Levo os
filhos pela mão
São todos
meus. Os que saltam o espanto
E os que
ficam.
E os que
gritam.
Por ti, por
nós, meu coração é fogo
O fogo que
atearam.
E prossigo
na aflição que não sossego.
Logo, logo
teremos tudo,
Digo
enquanto mordo as palavras
E engulo as
lágrimas.
Não deixei
nada, sou empurrada
Não sei onde
vou
E a destruição
é o mundo que abandono
Só conheço a
dor que aperto
Sou uma
qualquer que foge
Não sei onde
estou, não sei onde vou.
Sou
ucraniana.
Sou mulher!
Teresa
Almeida Subtil
08/o3/2022