quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Brisa poética

 Tenho vontade de luzir um chapéu de palha.

 Abas largas e alças

 Sandálias e sedas. E pássaros nos olhos.

 

 Chegou o verão! E ao meu rosto sereno

 Falta o calor da sesta e a cor do trigo maduro

 Sol puro no meu rosto

 Gozo poético.

 

 E a sombra da parreira na varanda

 E a tarde transgressiva.

 

E se o verão é poeta, fingidor e abusado

 Vou esvoaçar entre as pingas

 Alongar o verde da folha

 Onde resplandece a magnólia

 E a melancolia.

 

Chama-me a fantasia. Os pés ganham confiança

 E a brisa beija-me o corpo arrepiado.

 O chapéu procura o verão

 E enlouquecido

 Baila descompassado.


Teresa Almeida Subtil










sábado, 14 de agosto de 2021

Alboroço

VAI SER UM ALBOROÇO!
"Alboroço é mirandês da garganta ao ouvido. Com todos os sentidos. É um ciclo de programação cultural na Terra de Miranda. Desafia o momento, instiga novas reflexões sobre os territórios rurais do interior e inspira releituras acerca da relação da comunidade com o espaço público, com o património e com a arte. É uma oportunidade de cruzar olhares outrora distantes. Alboroço é urgente. Irrompe no silêncio e agita a terra com música, teatro, performance e circo contemporâneo nas treze freguesias do Concelho de Miranda do Douro."

Camino screbido na lhinha de l’hourizonte
Deseio lhargo, sentido ne l coraçon
I quaije se béien las rugas chenas de giente
I se scuitan ls segredos de las piedras
Ne l sonido de l’arruada
Alboroço a zafiar la solidon.
Esta nuite Infainç spertou
L ancanto de las casas, de las cruzes
De las eigreijas i de l berano
Chica beilou la gana de bibir
I la malta cantou i sonhou
La tierra a zambuober
I quanto mais scuro mais se bei
Benírun de baixo
Fazírun bruído
Na aldé cul gusto de ninos a correr
Al aire de la nuite d’Agosto.

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https://www.facebook.com/alboroco/videos/245215577424354

Caminho escrito na linha do horizonte Desejo imenso sentido no coração quase s veem as ruas cheias de gente
E se escutam os segredos das pedras na música da arruada
Alvoroço a desafiar a solidão

Esta noite Ifanes despertou
O encanto das casas e dos cruzeiros
Das igrejas e do verão
Chica bailou a gana de de viver
E a malta cantou e sonhou
A terra a desenvolver

E quanto mais escuro mais se vê
Vieram de longe
Trouxeram clamor
À aldeia com gosto de meninos a correr
Na brisa da noite de Agosto.
Chica bailou a vontade de viver
Das Igrejas e do verão
Teresa Almeida Subtil














LIBERDADE