Eras ainda botão para seres molestada.
Perdida entre a noite e o dia. E olhos no chão.
Sofrida. Menina desbotada.
E pela vida estropiada, não percebias
Que nem todos os gestos seriam despudor.
Perdida entre a noite e o dia. E olhos no chão.
Sofrida. Menina desbotada.
E pela vida estropiada, não percebias
Que nem todos os gestos seriam despudor.
Não chegaste a ser flor que ao orvalho abrisse
E a alvorada não te acordou mulher
Nem o amor te desabrochou as pétalas
Nem te aflorou a seda nem a formusura.
Olhos no chão. Dura sina. Enxutas lágrimas.
E a alvorada não te acordou mulher
Nem o amor te desabrochou as pétalas
Nem te aflorou a seda nem a formusura.
Olhos no chão. Dura sina. Enxutas lágrimas.
Quase a sucumbir, quase fora da estrada,
Surgiu a mão,
O aconchego e o estímulo.
E um mundo maior. E um poema que começaste a ler.
Surgiu a mão,
O aconchego e o estímulo.
E um mundo maior. E um poema que começaste a ler.
Abandonaste uma história escura,
De vão de escada.
Levantaste o olhar e nas estrelas escreveste.
De vão de escada.
Levantaste o olhar e nas estrelas escreveste.
Amanheces viva, agora. Passo seguro.
De mão dada. E a rua é tua amiga.
És gota que o sol beijou. Pássaro que voou.
Natureza. Mulher. Mãe – ternura.
De mão dada. E a rua é tua amiga.
És gota que o sol beijou. Pássaro que voou.
Natureza. Mulher. Mãe – ternura.
Teresa Almeida Subtil
25-11-2017
(Desafio poético: um olhar sobre o assédio.)
(imagem retirada da internet)
25-11-2017
(Desafio poético: um olhar sobre o assédio.)
(imagem retirada da internet)