O café sabe-me pela
vida
Só tomo um por dia
Uma ninharia.
Se forem dois a noite é
mal dormida
Ou mesmo em claro.
O café muda a minha
forma de viver
E se juntarmos o prazer
de te encontrar
Julgo que estou no céu
ou para lá dele
Ninharias, dizes tu e
digo eu.
Hoje senti falta de um
café. Tanto!
E pensei: ora essa! Vou
tomar!
A alegria veio da
cápsula que deixei por ali
E a saborosa bebida
faltava-me, afinal.
O corpo disse a
urgência
Vício que assumo e
sofro
Sempre que o desejo aniquilo.
Ninharias, dizes tu e
digo eu.
Mas contar a quem me
quer
Não é o café (o meu até
é fraco)
É partilhar, é sentir a
amizade
E rir de uma banalidade.
Teresa Almeida Subtil