Manhã ribeirinha
Quero o vento
que te passeia. Só meu.
E o aroma que
nos enlaça. O espaço e o tempo.
E a pele do dia
amaciada na clareira que a chuva abriu.
Quero-te assim.
Desassossego na manhã ribeirinha,
pensamento e
ardor do sussurro que se avizinha.
E o beijo meu
íntimo labirinto.
Pianinho quero o
som que desfolha os sentidos
e a árvore cativa
que sombreia o
detalhe e a intensidade.
E a manhã é
apenas esta nota, este breve sentimento,
que acende a
melodia e o borbulhar da sede.
Teresa Almeida Subtil