Agita-se
o Outono e é Novembro
A
chuva miúda fustiga-me os cabelos
E
gotas descem aos lábios
A
desluzir palavras
E
a deslaçar os dedos.
Quase
nada
Apenas
estrelas tombam dos candelabros
Para
acenderem olhos nos olhos
Fantasia
a arder em luz coada.
Um
aroma a goivos
Evade-se
pela porta entreaberta
E
reflexos de lamparinas rubras
Deslizam
na rua quebrada.
E
a gigantesca árvore é já poema
Com
alma e pena de bailarina
Vibrante
sina que prende a noite
À
saudade. Vadia, a palavra
É
humidade que penetra e liberta
Volúpia
de ondas azuis
Marés secretas.
TeresaAlmeida Subtil