Enviei-te
flores do campo
Da
frescura da minha terra
Sente
a vida à tua espera
Sem
dor e sem clausura
Foge
poeta
E
em cada fuga
Segura
a aurora e teu mirar
De
horizonte.
Volta
ao mar, ao rio e à fonte.
Segue
o fio da inspiração.
E
ainda que sofrido e magoado, volta!
Volta
e colhe serenidade
Entre
a agitação.
Volta
ao ninho
E
à ousadia do caminho.
Convoca
as estrelas.
E
do universo a harmonia.
É
tempo de pandemia aguda.
E
de espanto em espanto
Enviei-te
flores do campo
Agrestes
e miúdas.
Ainda que fustigadas ao vento e à chuva
Crescem
e resplandecem
Em
mãos de ternura.
Teresa
Almeida Subtil