FAZ-SE OUTONO
e a minha pele torna-se sensual, molhada,
acariciada da forma mais pura.
A cadência é meiga, redentora. Deixo-me penetrar!
Escuto a harmonia desta batida outonal!
Os primeiros frios exultam a sensibilidade, o sentir;
hidratam-me a mente. O outono depura-me o paladar.
acariciada da forma mais pura.
A cadência é meiga, redentora. Deixo-me penetrar!
Escuto a harmonia desta batida outonal!
Os primeiros frios exultam a sensibilidade, o sentir;
hidratam-me a mente. O outono depura-me o paladar.
Que venham as uvas maduras a beijar-me os lábios sedentos,
que venha a chuva, o vento e as aves tresloucadas,
que se dispam as árvores e para ti sejam verdade!
E nós, aquelas folhas bailarinas, esvoaçantes
sem sabermos onde arrumar o rigor do inverno,
conceberemos um recanto, um socalco nas arribas
aonde o rio nos possa namorar.
que venha a chuva, o vento e as aves tresloucadas,
que se dispam as árvores e para ti sejam verdade!
E nós, aquelas folhas bailarinas, esvoaçantes
sem sabermos onde arrumar o rigor do inverno,
conceberemos um recanto, um socalco nas arribas
aonde o rio nos possa namorar.
E todas as horas serão nossas e cantarão
nos olhos dos grifos e no orvalho das palavras
as madrugadas que se acenderão para nós.
O riso celebrará a festa que abriremos.
Ah! e os olhares! os olhares espelharão
o regalo da tarde e a luxúria do sol pôr.
E por ali ficaremos até sermos humos, flor, vida;
até percebermos o mistério a explodir
e um fio de emoção a abrir indefinidamente .
nos olhos dos grifos e no orvalho das palavras
as madrugadas que se acenderão para nós.
O riso celebrará a festa que abriremos.
Ah! e os olhares! os olhares espelharão
o regalo da tarde e a luxúria do sol pôr.
E por ali ficaremos até sermos humos, flor, vida;
até percebermos o mistério a explodir
e um fio de emoção a abrir indefinidamente .
Teresa Almeida