É na fina areia que a poesia se rebola
sem amarras.
Há um forte encontro de natureza
quando os pés a tocam ao de leve
e trazem as nuvens de volta.
Porque não hão – de ser meus os versos
que deixam o corpo boémio – à solta?
É a areia que erotiza as palavras
que sobem e nos envolvem como trovoadas.
Porque não hão - de ser meus os pés
que se esfolam de amor na areia húmida?
Porque não há - de ser minha a pele
com mãos de areia e lábios de espuma?
Teresa Almeida