Para além
da flor da amendoeira, da violeta, do rosmaninho,
de todos os perfumes
percebidos através da tua pele
e de todas as luzes que passaram pelos teus olhos,
lembrar-te-emos!
Os prados são verdes porque os amaste um dia,
e como eu queria dizer-te, ainda,
o bem que me fazia a tua luzidia voz.
Fonte que ria e chorava.
Viverei no teu lastro e a tua aura é de força,
Mulher que partiste e querias viver!
Vives connosco!
O amor é invencível, é para sempre!
vieste dizer-nos, jovem ainda.
E aqui estamos.
Mesmo que a vida nos falhe e nos silencie a voz,
nosso é o caminho das estrelas como tu.
Deslaçadas as águas do rio dos olhos,
precisamos da luz que derramaste.
É o amor, em crescendo, que redimensionas
para lá das estrelas.
Só com elas somos universo.
Teresa Almeida Subtil
(Poema inserido na temática "cancro da mama".)