quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Fui d'abalada


Depois de respirar fundo

E de me inundar de positividade,

Como é meu timbre,

Fui d' abalada

E aportei num sonho de madrugar.

 

Venci a guerra íntima

Respirei à janela

O sentimento da manhã.

E uma ínfima poção de felicidade

Circundava os pássaros

Que saltitavam ao meu olhar.

 

Senti as pingas e o perfume do verso

Ensimesmando o jasmim.

 

E ainda que a nostalgia rime

Com a ausência do melro

E de mágoa a brisa me esfrie

Abro a última rosa

Que colhi no teu jardim

E em cada pétala rasgo

As saudades que tenho de mim.


Teresa Almeida Subtil







LIBERDADE