Senti-te seda na minha pele, especiaria
poema pujante que de dor se arrastava
e de impossíveis se alimentava.
Trazias a cegueira e a visão na pena de Camões
a lágrima de Amália
o violento e derradeiro amor de Pedro e Inês,
ou deste a vez à poesia que te tocava de forma exacerbada?
poema pujante que de dor se arrastava
e de impossíveis se alimentava.
Trazias a cegueira e a visão na pena de Camões
a lágrima de Amália
o violento e derradeiro amor de Pedro e Inês,
ou deste a vez à poesia que te tocava de forma exacerbada?
Disseste a alegria do olhar e vestiste o verbo de melancolia
trouxeste a alma portuguesa naquela madrugada
do fado, a tristeza a corroer-te.
Deixa-me dizer-te que vieste comigo na brisa marítima
que meus cabelos acariciava
e na onda invulgar que meu peito sossegava.
trouxeste a alma portuguesa naquela madrugada
do fado, a tristeza a corroer-te.
Deixa-me dizer-te que vieste comigo na brisa marítima
que meus cabelos acariciava
e na onda invulgar que meu peito sossegava.
Hoje
deposito na profundidade deste mar
a vontade de um poema feito ternura e grandeza
marcado de sensibilidade
deposito e grito, esconjuro e sonho um país decerto
que desperto, não morre de saudade.
a vontade de um poema feito ternura e grandeza
marcado de sensibilidade
deposito e grito, esconjuro e sonho um país decerto
que desperto, não morre de saudade.
Teresa Almeida