Amo a talha, o lagar, a candeia de azeite
E o lampião.
Amo o
verde-mar a pique
Da natureza
o deleite
E um fio
d'ouro a entranhar-se
Num cibo de
pão.
Amo a noite
e tua saia
Negra de
viúva.
E beijo-a
como se fora
Manto e
aurora
Cor azeitona
Madura uva.
Amo a oliveira
A luz e o chão
Palavra que incendeia
E o frémito de ave
A luz e o chão
Palavra que incendeia
E o frémito de ave
Que perpassa
A tua mão.
Teresa Almeida Subtil
(Foto do Museu do azeite, em Mirandela)