quinta-feira, 29 de setembro de 2011
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Agarra-te
em olhares perdidos no mar imenso
as ondas revolviam tempestades
nascidas em mar profundo
e eu que tinha perdido o chão
desesperava
reluziam rugas desenhadas à pressa
apertavam-se mãos em fúria desusada
num barco que à deriva
balançava
Agarra-te ouvia dizer
escrevem para te baralhar
as ideias navegam em confusão
segura o leme
Uma ponta de fio de razão
essa corda de esperança
bordada a pontos luz
na linha do meu horizonte
procurava
Teresa Almeida 26-09-2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Salpicos de ternura
Eu a julgar que entrava em ti
com aquela vontade chamuscada
de abraços a matar saudades…
que me cobria de poesias
em folhas loiras e avermelhadas
e a brisa que as desprendia
numa suave melodia
que nos teus braços me embalava
mas tu chegas cheio de calor
secas as amoras silvestres
que pelos caminhos saboreava
contigo
escondes lágrimas transparentes
salpicos de ternura
que espalhavas docemente
em minha pele
e eu quase não te encontro amigo
Teresa Almeida 23-09-2011quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Poema vadio
És um poema vadio
de rima desfeita espezinhada
As palavras, lágrimas sem fio
lançadas à toa na enxurrada
e de alma perdida
Foste escorregando da linha
amar já não quiseste
Roubaram-te a raça pura das ideias
Moribundo tristonho e sem graça
de ser tu deixaste
Teresa Almeida 21-09-2011
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Nem sempre acerto o ritmo
Nem sempre acerto o meu ritmo às ondas do mar
a mim parecidas no seu inconstante palpitar
A calmaria que eu sentiria se nelas me embalasse
naquele dia em que junto a mim despertaste
Nem sempre acerto o meu ritmo ao sabor do vento
que no meu olhar vai marcando o tempo
Mas agarrar-lhe-ia a força de mudar de direcção
para contrariar a saudade que me esfarrapa o coração
Nem sempre acerto o meu ritmo à trovoada
domingo, 18 de setembro de 2011
Sentei-me à noite ao luar
É uma bela pintura que estou a ver
ou estarei a sonhar?
ou estarei a sonhar?
Os holofotes que incendeiam a noite
e bordam a ouro as catedrais
serão reais?
As estradas brancas num azul cerúleo
deste céu que agora é meu
aonde me levarão?
As estrelas que ao alto cintilam
e a colina que suavemente se reclina
serão para mim?
Enfeitiçada
fiquei aqui
Teresa Almeida 17-09-2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
SANTORINI
Santorini - Grécia
Ainda é de noite
e eu vou a correr para o dia
levada num mar picado e bravo
lá onde os sonhos descem do céu
e se fazem poesia
que fala todas as línguas
É como em varanda de camarote
que espreito o dia e vejo Santorini
o mais belo holofote
aceso sobre escarpas de breu
E foi sobre a manhã azul e branca
que a minha alma se vestiu de festa
e a palavra nasceu
Teresa Almeida 16-09-2011
Ainda é de noite
e eu vou a correr para o dia
levada num mar picado e bravo
lá onde os sonhos descem do céu
e se fazem poesia
que fala todas as línguas
É como em varanda de camarote
que espreito o dia e vejo Santorini
o mais belo holofote
aceso sobre escarpas de breu
E foi sobre a manhã azul e branca
que a minha alma se vestiu de festa
e a palavra nasceu
Teresa Almeida 16-09-2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
La Bouba de La Tenerie
Ye nua lhéngua amerosa, l mirandés, que you acabo de ler La Bouba de la Tenerie, delantre de l mar, al çponer de l sol, a camino de Santorini, ua ilha an que ls homes acendírun casas albas de niebe anriba de canhones negros cumo tiçon.
Porqui nacírun ls diuses i Apolo gusta de cçispar fuogo ne l cielo ne ls redadeiros sfergantes de l die.
Tamien este libbro cçispa puls caminos scuros de la anquesiçon i pula forma cumo eilha barriu l praino mirandés antre ls seclos XVI i XVII.
Si ye berdade que la lhéngua tanto puode ser
ousada cumo remédio para sanar cumo
arma para sembrar males (pg.141).
Assi i todo beio eiqui la magie,
l sonido i la fuorça de la palabra znuda
acontra la eignoránça, l medio
i l´antoleránça.
Brabo Fracisco Niebro
Teresa Almeida 09-09-2011
sábado, 3 de setembro de 2011
Da Índia, com saudade
que torna suave a minha pele
e mesmo que eu esteja despida
é da mais fina seda que me vejo vestida
Da Índia trouxe sonhos imperiais
desfeitos em mares vermelhos de saudade
e templos de magia imemoriais
Da Índia trouxe o calor que guardo no peito
e não me deixa arrefecer
Trouxe meiguice e um perfume picante
em que te quero envolver
Teresa Almeida 13-11-2008
Subscrever:
Mensagens (Atom)
-
Un salto al passado cheno d'eimoçon Poetas fazien camino ne l eizílio, na prison Sgarabatában l chano a saber de l tiempo Sien...
-
Ninguém tem o som da tua voz Nem a melodia, nem as réplicas profundas Nem a cachoeira do amor Nem os sobressaltos Nem os silêncios . C...