Acabei de podar as hortências do jardim
as do lado nascente,
onde se dão bem
e sorriem a quem passa em cobiçado olhar
no pequeno espaço elas são um afeto desmedido
uma paixão açoriana que me enfeita o verão
cantam o Outono e ruborizadas tremem
até ao enorme arrepio das primeiras geadas.
cai a tarde enquanto vejo uma película de natal
e há hortênsias secas
nas jarras transparentes.
Tens uma vida invulgar, para mim, surpreendente
já estiveste no Faial? Viste a magia dos muros floridos?
Como podes garantir que não voltarás aqui ou ali?
Coisas de astrólogo, já se vê. Eu não garanto nada!
Quero voltar à ponta do sossego e à ponta da madrugada.
Teresa Almeida
Mas que belas são tuas hortênsias, Teresa! imagino que as podas com a mesma ciência, delicadeza e carinho com que burilas os versos em teus poemas. E o reconhecimento desta "paixão acoriana" logo vê-se, minha amiga, salta à vista d'olhos!
ResponderEliminarUm terceto, duas quadras, e um outro terceto, para rematar.
Fosse eu astrólogo, diria que há algo de perfeccionista com teus versos. E quem diz perfeccionismo, diz signo de Virgem. Porém, o equilíbrio é, parece-me, um dom natural dos nativos de Libra, a Balança, que oscila seus pratos entre pesos e medidas.
Porém, temeroso que sou com as minhas previsões, nada mais direi, cara amiga, e subtraio-me logo, nas pontas dos pés, à francesa…
Poema e imagem: regalos que encantam os olhos de quem os lê e os vê. Meus aplausos, querida amiga, um carinhoso abraço, bem hajas.
André
As Hortênsias em geral e os açorianos em particular, agradecem o teu magnífico poema.
ResponderEliminarE eu também, porque conseguiste fazer mais um brilhante poema para eu ler (e os outros...).
Teresa, minha querida amiga, desejo-te um FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO. BOAS FESTAS para ti e para a tua família.
Beijo.
Na verdade as hortências são um encanto para o olhar e o poema é um bálsamo para a alma, sobretudo quando os versos saem de tão sensível coração. São os pormenores poéticos que embalam o sonho/vida...
ResponderEliminarAproveito para te/vos desejar uma quadra de poético sentir e sorrisos cúmplices, ainda mais agora que também nasceu um menino luz na vossa casa...
BJOSSS, querida Teresa :) :)
Querida Amiga Teresa
ResponderEliminarSentir a comunhão do Natal,
viver o Espírito de Natal,
realizar o Natal, é o princípio da fraternidade e da amizade.
Ninguém fica imune.
Não tendo a faculdade de estar presente em cada lugar, em cada Sítio,
em cada recanto, dum modo uniforme e colectivo
(como uma coroa de Natal) te abraço ao meu mais profundo desejo:
UM SANTO E FELIZ NATAL.
Beijos
SOL
Teresa,
ResponderEliminarA poesia equilibra sempre o nosso voo, dando-lhe outra dimensão. Obrigado por partilhar a sua.
Feliz Natal!
Gostei muito, vou voltar com mais tempo! Bom Ano!
ResponderEliminarTeresa, minha querida amiga, espero que o teu Natal tenha sido bom.
ResponderEliminarDesejo-te um FELIZ ANO NOVO.
Beijo.
Como costumo dizer, gosto sempre de vir até à nascente.
ResponderEliminarSossegada a apreciar neste caso, tão bonito poema.
Engraçado, também eu tenho hortências mas de S.Miguel, que a minha mãe trouxe. Eu não conheço os Açores, só a Madeira.
Este poema que li ao acaso, tem por incrível que pareça, muito a ver comigo :)
Tenho desde o natal uma jarra com hortências secas que salpiquei com tinta dourada ( coisas minhas e da minha neta Alice )
"Quero voltar à ponta do sossego e à ponta da madrugada."
Quem não quer , cara Teresa !
brisas doces **