L outonho anda an risadas
Quaije que se le cáien ls dientes
Cumo meligranas burmeilhas
De doçura i calor.
Por cierto stan chegando ls frius
Mas anquanto puodas
Bota las piernas al aire
I bai amplachando las parreiras
I fazendo tapetes anramalhetados.
Para ber beilar amplache
Ciganas adebinas de Torga.
Gusta-me l outonho
Andar çcalca pulas binhas
Pintar la natureza cumo se l sol
Arrebentasse an cada pumiento
I you le sentisse an cada dentada.
I la sardina a arrepelar-se nas brasas
A molhar l pan
I ls Montes Ermos a correr
Pul gorgomilho de ls bendimadores
Que de cansados
Se bótan a drumir na tierra amada.
Teresa almeida Subtil
Glossairo
adebinas - adivinhas
amplache - despido
anramalhetado - florido
çcalça - descalça
framante - luzidio
gorgomilho - goela
meligrana - romã
Um poema fantástico!!
ResponderEliminar.
Há um caminho que me acolhe...
Beijos e uma excelente semana.
Que outono lindo é descrito aqui neste poema em mirandês, minha Amiga Teresa. Com a imagem, fiquei com vontade de comer romãs.
ResponderEliminarTudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
Olá, querida Teresa, maravilhoso poema, saudando um outono sempre belo, são essas estações intermediárias, outono e primavera, que sem dúvidas são as mais lindas, sempre trazem uma esperança, uma mensagem.
ResponderEliminarUma linda semana, querida Teresa,
Um beijo.
Que bela romã, querida Teresa!
ResponderEliminarAtravés dela vemos esse Outono que descreve
na doce lingua mirandesa.
O glossário que incluiu ajudou-me a compreender
a magia deste seu poema.
Ja tinha saudades de a ler.
Tudo de bom, minha amiga.
Beijinhos
Olinda
Um poema sumarento em talento poético, como é habitual... e uma imagem absolutamente deliciosa e gulosa... que nos deixa vontade de comer romãs! As tonalidades estão lindas! Eu estou à espera que as minhas amadureçam mais um pouco... as minhas mini romãzeiras, depois de terem dado flores vermelhas desde a Primavera, agora estão na fase de parecerem mini árvores de Natal... mas poucas ainda estão maduras! Os incêndios do ano passado acabaram com as colmeias aqui do sítio... tive de ser eu a dar uma ajuda na polinização das minhas, senão não teria nem um fruto! Fiz a experiência, com uma das mini romãzeiras da minha varanda... deixando-a à sua sorte... e o resultado foi... nem uma para amostra. Já as demais... estão carregadinhas...
ResponderEliminarUm beijinho! Votos de uma feliz semana e com votos de que o mau tempo dos próximos dias, não seja muito duro por aí! Aqui está a começar a chegar... desta vez, a Aline! O fim de semana, prevê-se tempestuoso!
Tudo de bom!
Ana
Gosto muito do outono e de suas árvores com folhas castanhas já a desfolhar à espera do inverno.
ResponderEliminarMuito bonito seu poema , desenhando-a.
Faz um tempinho que nao encontro romãs _ com essa cor linda por dentro e por fora.
Uma boa noite,Teresa e que venham melhores dias de Paz.
O outono em mirandês tem a beleza transmontana impressa nas palavras.
ResponderEliminarMagnífico poema, gostei imenso.
Tem uma ótima semana.
Beijinhos.
Teresa, saudades tua, por tempo que na te vejo
ResponderEliminarE hoje matei o desejo de ver teu verso que atua
Na lembrança casta e nua do meu tempo de criança
Pois gorgomilho e pança no meu sítio se ouvia,
Mas dito com ironia como parte de lembrança.
Abraço fraterno.Parabéns pelo resgate e beleza dos versos. Laerte.
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ResponderEliminarO Outono e o grande amor pelas tuas raízes!
ResponderEliminarAos poucos vou tentando ler, aprendendo coisas tão maravilhosas que teus poemas revelam...
Um grande abraço!
Achei o texto maravilhoso, mas pareceu-me um pouco improvável as sardinhas pingarem no pão nesta altura do ano.
ResponderEliminarQuero parabenizá-la pelo seu excelente blog, que mantém viva a língua mirandesa contra todas as adversidades, que naturalmente a rodeiam.
Abraço de poética amizade.
Juvenal Nunes
Muito grata, querido amigo Juvenal Nunes.
ResponderEliminarAndo bastante atarefada. Bastam os meus netos para me trazerem plena de poesia. No entanto, procuro não perder laços nem de amizade, nem poéticos. Quando se perde a amizade, sem razão, é sinal de que nunca foi partilhada. Mas ... laços poéticos não. Há algo sensorial e metafísico.
Tenho de si e a melhor ideia. Estou a escrever num leque mais vasto. Saiu-me!
Quanto às sardinhas, fui habituada a comê-las de pequeno almoço (no tempo certo), às 10h da matina, e o púcaro de barro com café da avó era o acompanhamento ideal. Molhavam o pão. e era tudo muito bom. Inesquecível. É, portanto, natural que a poesia traga a lume o que mais nos marcou - nomeadamente na gastronomia. As sardinhas vinham no comboio e chegavam em perfeitas condições.
E nas vindimas, se houvesse sardinhas, eu deliciava-me.
Grande abraço.
Parece-me que está provado que as memórias de infância são as que mais perduram no tempo e fazem de nós muito daquilo que somos.
ResponderEliminarEspero que nos possa continuar a deliciar com os seus belos textos em mirandês.
Desejo a continuação de um bom fim de semana com muita
saúde.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Passando a deixar um beijinho e votos de um feliz Dezembro, com saúde e tranquilidade, apesar de ser um mês que passa num ápice, entre compras e festividades... e que nos deixa sempre um sabor a pouco... pois o tempo parece que nunca chega, para o tanto que idealizamos fazer ao longo do mesmo...
ResponderEliminarTudo de bom, Teresa! Feliz semana!
Ana
Querida Teresa
ResponderEliminarMuito obrigada pelo belo comentário lá no Xaile.
O seu poema "Teias de afeto/Telas de carino", que eu publiquei não há muito tempo, foi citado pela amiga Rosélia Bezerra, aqui: https://flordocampo3.blogspot.com/2023/12/perfume-dos-amigos-e-chica.html
Beijinhos
Olinda
Boa noite de paz, querida amiga Teresa!
ResponderEliminarAmei sua visita e vejo aqui que nossa amiga Olinda lhe avisou.
Quanto ao seu poema, você foi delineando o outono em suas características bonitas e gostosas... não faltou sequer a sardinha.
Gosto de tapeçaria para distrair a mente, é uma excelente terapia.
Tenha novos dias abençoados!
Beijinhos com carinho fraterno