O Perfume do Verso
BLOGUE BILINGUE (PORTUGUÊS - MIRANDÉS)
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
BERANO POÉTICO /Festival Arcu Atlánticu
domingo, 9 de março de 2025
A Maria Teresa Horta ( Dia da mulher)
Frio e chuva miúda
Acenos de poesia lavada
Leve e subversiva
Sentimento de alma livre
E magoada.
Brinde à natureza
A abrolhar nas margens do rio
Cálice de lábios vermelhos
É março a explodir à boca das papoilas
Espelho de rebentos intumescidos
Febre de quem partiu ficando
No prazer e no fogo
Dos sentidos
E todas as sedes confluem
Num tempo e num corpo
domingo, 22 de dezembro de 2024
Assopro Debino/ Sopro divino/ Respiro divino
HAVIA UM VÉU MATINAL
TECIDO DE TERNURA
ALVURA
E FERMOSURA
DE NATAL
MIRANDÉS
Assopro debino
De l'anunciaçon al calbário
Hai un rosairo i un deseio
De salbaçon.
Ye la boç de l ouniberso
A ressonar ne l fondo de l ser
I l bientre de la tierra ye sue morada
I busca la streilha que la fazerá mulhier.
I de si rumperá l'ourora
Siempre bendita i chena de grácia
Sparba-se i anuncia-se redentora.
I anquanto nun renacer un mundo
Purificado
Haberá siempre un suonho curceficado
Un bózio i ua tela
De quien ye topado
Pul assopro debino de l'arte.
Ye d'houmanidade i lhibertaçon
L passo, l traço, l fincon
De quien conhece las piedras de l chano.
Teresa Almeida Subtil
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PORTUGUÊS
Sopro divino
Da anunciação ao Calvário
Há um rosário e um desejo
De salvação.
É a voz do universo
A ecoar no âmago do ser
E o ventre da terra é sua morada
E busca o astro que a fará mulher.
E de si romperá a aurora
Sempre bendita e cheia de graça
Expande-se e anuncia-se redentora.
E enquanto não renascer um mundo
Purificado
Haverá sempre um sonho crucificado
Um brado e uma tela
De quem é tocado
Pelo sopro divino da arte.
É de humanidade e libertação
O passo, o traço, o baluarte
De quem conhece as pedras do chão.
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Teresa Almeida Subtil
quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
A NOSSA ANTOLOGIA
Chegou "A Nossa Antologia" - coletânea de poesia da Associação Portuguesa de Poetas 2024.
- O poema nasce
- Semente de meus dedos
- Capricho táctil
- Cenário voluptuoso
- Menina de meus olhos
- A remexer o sentir das horas
- A hortênsia encostada a junho
- Permanece dentro do verão
- A cerejeira dá-se à sede de meus lábios
- Dádiva divina devorada
- Desvairada confissão
- Cabelos livres, entregam-se ao vento
- Sons milenares perpassam-me a pele
- E é de sangue o pulsar das palavras
- Que te dou nesta loucura
- De fim de tarde
- Enche meu regaço de tempo
- Com sabor a ginjas onde julho se perde
- E o saber maduro que procuro
- Vem!
- Teresa Almeida Subtil
terça-feira, 19 de novembro de 2024
ZAMORA POÉTICA
A salto rasguei
fronteiras
Contrabandista de sonhos
Lenços de seda a desfolhar
Ousadia aconchegada ao peito.
Na cabeça uma boina
espanhola
E ao alto amizade e luz
Ecos de liberdade.
Seduzida pela
aventura da palavra
Natividade, água pura a pulsar
Pássaro inquieto de fraga em fraga
Entre borracheira e claridade
Abrem-se horizontes improváveis
Namora-se a ponte dos
poetas
Amoráveis azenhas, férrea vontade
Lançam-se versos frementes ao rio
Melodias deslizam no leito
Fúria, mágoa, grito, louvor, alegria.
Folhas tombam, a voz
da lira geme
E a intimidade do outono estremece
Em Festivais de Poesia.
Teresa Almeida Subtil
15.11.24 ENCONTRO DE ESCRITORES HISPANO-LUSOS - ZAMORA
terça-feira, 5 de novembro de 2024
Beiços d'outonho
Traio-te ua arble chena de bersos
Búzios de la suorte, redondos
De pura seda
Amerosada als aires
Dourada a las centeilhas i relámpados
A las ourbalheiras de l'anspiraçon
A las tardes soalheiras
Al rigueiro i a la piedra a relhuzir
A l'eimoçon
Al stendal i a las rendas a beilar
A la sina, a la rima, al corte
Al poema çfeito
Als beiços d'outonho
Zbirados a norte.
Lábios de outono
Trago-te uma árvore cheia de versos
Búzios da sorte, redondos
De seda genuína
Amaciada aos ventos
Dourada aos raios e relâmpagos
Aos orvalhos da inspiração
Às tardes soalheiras
Ao ribeiro e à pedra a brilhar
À emoção
Ao estendal e às rendas a bailar
À sina, à rima, ao corte
Ao poema desfeito
Aos lábios do outono
Voltados pra norte.
Teresa Almeida Subtil
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Festival Arcu Atlánticu está em Xixón. Asturies . Le llingües atlántiques tamién tienen el so sitiu nel Arcu. Nesta ocasión los X Alcu...
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Frio e chuva miúda Acenos de poesia lavada Leve e subversiva Sentimento de alma livre E magoada. Brinde à natureza A abr...
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HAVIA UM VÉU MATINAL TECIDO DE TERNURA ALVURA E FERMOSURA DE NATAL Desejo aos meus amigos e ao mundo uma quadra natalícia plena de harmonia....














