ZAMORA POÉTICA
A salto rasguei
fronteiras
Contrabandista de sonhos
Lenços de seda a desfolhar
Ousadia aconchegada ao peito.
Na cabeça uma boina
espanhola
E ao alto amizade e luz
Ecos de liberdade.
Seduzida pela
aventura da palavra
Natividade, água pura a pulsar
Pássaro inquieto de fraga em fraga
Entre borracheira e claridade
Abrem-se horizontes improváveis
Namora-se a ponte dos
poetas
Amoráveis azenhas, férrea vontade
Lançam-se versos frementes ao rio
Melodias deslizam no leito
Fúria, mágoa, grito, louvor, alegria.
Folhas tombam, a voz
da lira geme
E a intimidade do outono estremece
Em Festivais de Poesia.
Teresa Almeida Subtil
15.11.24 ENCONTRO DE ESCRITORES HISPANO-LUSOS - ZAMORA