(Hoje, em Miranda do Douro)
Mulhier
porquei stamos hoije eiqui?
ye l nuosso die si,
l die de la mulhier de l praino
de la mulhier mirandesa
bien andrento de l alma pertuesa.
I nun son todos ls dies dezde que
tenemos un filho na barriga?
Si, porque la mulhier ye mai,
mas ye filha tamien;
i agarra l mundo ne ls braços
i lo ambala por ende i le dá guarida,
cun carino debino de quien la bida ten.
Ye ua frol que se zarrolha i amadurece
na alegrie i na tristeza,
de mano dada quando alguien percisa.
Ye buono tener l´home cun nós, al lhado
nun ye cierto?
sien el acerquita que grácia tenerie?
Que si me gusta ber-los hoije eiqui,
nesta fiesta tan galana!
Hai sfregantes an que la zgrácia mos apanha
i l delor mos droba la spina.
Anton, son l amor i l'amisade la melhor cumpanha,
l furmiento de la sociadade
la fuorça que mos fai andar camino
cun magie ne l'oulhar.
De que sirbe botarmos-mos ambaixo
se la nuossa hora chigará, yá l sabemos.
Assi i todo, agarremos cada die, cuntentas,
cumo se derradeiro fuora,
cantemos ne l mirar de ls filhos, de l cumpanheiro,
de ls pais, de ls amigos - bielhos ou nuobos.
La bida anda a la ruoda i manhana seran outros
que staran eiqui i cuido you que cantaran
nesta lhéngua amerosa
la mulhier i la poesie.
A MULHER E A POESIA
Mulher
porque estamos hoje aqui?
É o nosso dia sim!
O dia da mulher do planalto
o dia da mulher mirandesa,
bem dentro da alma portuguesa.
E não são todos os dias desde que
temos um filho na barriga?
Sim, porque a mulher é mãe
mas é filha também!
E agarra o mundo nos braços
e o embala e lhe dá guarida,
com carinho divino de quem vida tem.
É uma flor que desabrocha e amadurece
na alegria e na tristeza,
de mão dada quando alguém precisa.
É bom ter o homem connosco, ao lado
não é certo?
Sem ele por perto que graça teria?
Sim, gosto de os ver hoje, aqui,
nesta festa tão bonita!
Há momentos em que a desgraça nos apanha
e a dor nos dobra a espinha
Então é o amor e a amizade a melhor companhia,
o fermento da sociedade
a força que nos faz continuar o caminho.
De que serve deixarmo-nos ir abaixo
se a nossa hora chegará, já o sabemos.
Agarremos, então cada dia, contentes
como se fosse o último.
Cantemos no olhar dos filhos, do companheiro,
dos pais, dos amigos - velhos ou novos.
A vida anda à roda e, amanhã, serão outros
que estarão aqui e penso eu que cantarão
nesta língua amerosa
a mulher e a poesia.
Teresa Almeida
Mulhier
porquei stamos hoije eiqui?
ye l nuosso die si,
l die de la mulhier de l praino
de la mulhier mirandesa
bien andrento de l alma pertuesa.
I nun son todos ls dies dezde que
tenemos un filho na barriga?
Si, porque la mulhier ye mai,
mas ye filha tamien;
i agarra l mundo ne ls braços
i lo ambala por ende i le dá guarida,
cun carino debino de quien la bida ten.
Ye ua frol que se zarrolha i amadurece
na alegrie i na tristeza,
de mano dada quando alguien percisa.
Ye buono tener l´home cun nós, al lhado
nun ye cierto?
sien el acerquita que grácia tenerie?
Que si me gusta ber-los hoije eiqui,
nesta fiesta tan galana!
Hai sfregantes an que la zgrácia mos apanha
i l delor mos droba la spina.
Anton, son l amor i l'amisade la melhor cumpanha,
l furmiento de la sociadade
la fuorça que mos fai andar camino
cun magie ne l'oulhar.
De que sirbe botarmos-mos ambaixo
se la nuossa hora chigará, yá l sabemos.
Assi i todo, agarremos cada die, cuntentas,
cumo se derradeiro fuora,
cantemos ne l mirar de ls filhos, de l cumpanheiro,
de ls pais, de ls amigos - bielhos ou nuobos.
La bida anda a la ruoda i manhana seran outros
que staran eiqui i cuido you que cantaran
nesta lhéngua amerosa
la mulhier i la poesie.
A MULHER E A POESIA
Mulher
porque estamos hoje aqui?
É o nosso dia sim!
O dia da mulher do planalto
o dia da mulher mirandesa,
bem dentro da alma portuguesa.
E não são todos os dias desde que
temos um filho na barriga?
Sim, porque a mulher é mãe
mas é filha também!
E agarra o mundo nos braços
e o embala e lhe dá guarida,
com carinho divino de quem vida tem.
É uma flor que desabrocha e amadurece
na alegria e na tristeza,
de mão dada quando alguém precisa.
É bom ter o homem connosco, ao lado
não é certo?
Sem ele por perto que graça teria?
Sim, gosto de os ver hoje, aqui,
nesta festa tão bonita!
Há momentos em que a desgraça nos apanha
e a dor nos dobra a espinha
Então é o amor e a amizade a melhor companhia,
o fermento da sociedade
a força que nos faz continuar o caminho.
De que serve deixarmo-nos ir abaixo
se a nossa hora chegará, já o sabemos.
Agarremos, então cada dia, contentes
como se fosse o último.
Cantemos no olhar dos filhos, do companheiro,
dos pais, dos amigos - velhos ou novos.
A vida anda à roda e, amanhã, serão outros
que estarão aqui e penso eu que cantarão
nesta língua amerosa
a mulher e a poesia.
Teresa Almeida
Cantemos, apesar da dor
ResponderEliminare que se eleve o coro
a múltiplas vozes
(vou tentar
soletrar
mirandês
pela primeira vez)
Sem a mulher, nem a poesia existiria,,,
ResponderEliminarMagnífica homenagem, num excelente poema.
Teresa, tem um bom domingo e uma óptima semana.
Beijos.
É tão importante, o nosso papel, na poesia, no trabalho e na própria reconstrução da sociedade... belo poema à mulher, neste dia que assinalamos para lembrar que todos os dias são nossos!
ResponderEliminarAbraço grande, Teresa!
Lindo poema, Teresa. Feliz dia da mulher todos os dias.
ResponderEliminarBeijinhos,
Renata
Querida Teresa!
ResponderEliminarUma homenagem à mulher, a todas as mulheres,que me deixou particularmente emocionada. A forma como escreves o que nos vai na alma enterneceu-me... que todos os dias sejam dias da mulher...
Beijinhos com carinho!
O que relevo neste teu emocionante poema? Cantando a mulher mirandesa, homenageias a MULHER e a sua maior grandeza: a infinita afetividade que coloca em todos os momentos, ainda que, muitas vezes, sejam amargos, o doce permanece num sorriso, mesmo fechado...
ResponderEliminarParabéns, querida amiga...E viva a vida!
Bjuzz :)
Sempre fico encantada ao tocar e ser tocada pela emoção da tua poesia...
ResponderEliminarLinda homenagem a mulher,nós somos especiais na nossa bela
complexidade e no coração a sentir a emoção e as dores do mundo...
Parabéns,querida Teresa!!
Beijinhos e abraço de paz na tua alma linda.
Reparei só agora que o teu blogue mudou de nome...
ResponderEliminarGostava do "Atrevette", mas também gosto de "O perfume do verso". E, reparando bem, a tua poesia tem mesmo perfume... o teu... muito agradável, de resto...
Teresa, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
A mulher e a poesia. Infelizmente só versos para poucos : quer numa quer noutra, é enigma por decifrar. Ou talvez não.
ResponderEliminarBelíssimo Teresa
Beijinhos