domingo, 17 de março de 2019

Intimidade




O percurso é curto e sinuoso. 
Lembro a naturalidade com que nasceu
Meu ramo de flores, folhas e nervuras.



As palavras
Serão garças ou estrelas e para serem ramo
Têm que ferver de intimidade.

Lembro a clareira e volto cheia de sede.
Talvez encontre a fonte e, no horizonte,
Os caminhos reverdeçam.
E as palavras gemam e regressem.

E é com avidez que aguardo
Que os poemas aconteçam
Em sua liberdade.


Teresa Almeida Subtil

13 comentários:

  1. Sim, os poemas acontecem sempre na sua total liberdade; e como às vezes se nos revelam, num repente, como um relâmpago!
    Bjo
    Bom domingo!

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  2. tao simples e...tao belo, minha amiga.
    [..."Lembro a clareira e volto cheia de sede."...]
    um grande poema, cristalino e puro. acontece...
    um beijo, Teresa
    LuisM

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  3. Olá, Teresa!
    Gostei deste teu belo poema, amiga poetisa. Mais de uma leitura se faz necessário, para que se sinta a delicada mensagem poética aí expressada. Parabéns!
    Uma ótima semana de alegria e paz.
    Beijo.
    Pedro.

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  4. "Lembro a clareira e volto cheia de sede.
    Talvez encontre a fonte e, no horizonte,
    Os caminhos reverdeçam.
    Que as palavras gemem e regressam.

    E é com avidez que aguardo
    Que os poemas aconteçam
    Em sua liberdade."

    Que bonito, Teresa. Gostei especialmente dos versos finais. Um abraço!

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  5. Voltar com sede. A secura dos poetas sempre tão ávidos de palavras que sejam fonte ou nascente em sua voz…
    Muito belo, este poema, Teresa!
    Uma boa semana.
    Um beijo.

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  6. Poema encantador, Teresa. de que gostei muito.
    uma genuína expressão do teu universo do poético
    e de teu enorme talento.

    brilhante a ideia de que "as palavras (...)/para serem ramo/
    têm que ferver de intimidade", quer dizer, como as flores, em bonito ramo, também as palavras na organização do poema, tem que ser compatíveis, na cor, no perfume, na diversidade...

    beijo

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  7. Ahh...querida amiga, o caminho do poeta deve ser dolorido e sinuoso. E não é do nada que vem a construção equivocada e a necessidade de recomeçar não pode ser descartada. Porém o poema requer liberdade, não?
    Belo poema!

    "E é com avidez que aguardo
    Que os poemas aconteçam
    Em sua liberdade."

    O vídeo da Nana Mouskouri é divino.
    Beijo / carinho

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  8. Olá, querida Teresa

    Tudo o que é simples só o é aparentemente. Na complicação em que transformamos a nossa vida esquecemo-nos de como é bom colher um ramo de flores (seja, aqui, metafórico ou não) e de lhes admirar as cores, a morfologia. Aqui impõe-se a morfologia das palavras que se moldam na alma da Poeta. Confere-lhes vida. Donde, este Poema, cuja "intimidade" nos envolve.

    Bjs

    Olinda

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  9. Um poema tão belo como esse ramo de flores da fotografia.
    Adoro flores do campo, são tão simples e tão belas.
    Beijinhos
    Maria
    Divagar Sobre Tudo um Pouco

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  10. Um poema que estabelece uma perfeita e indissociável intimidade... entre a poesia e a natureza... adorei ler, Teresa!
    Um beijinho grande! Votos de continuação de uma excelente e inspirada semana!
    Ana

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  11. As palavras são como as flores, precisam de clima...
    Excelente poema, minha amiga, gostei imenso.
    Teresa, um bom fim de semana.
    Beijo.

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  12. A relação entre o poema, as palavras e o poeta
    é de uma intimidade muito especial.
    Um poema expressivo, com belas imagens e eloquente.
    Gostei.
    Querida Amiga, esta postagem escapou-me e estive
    esperando-a para homenagear a Poesia...
    Uma semana muito agradável.
    O meu abraço afetuoso.
    ~~~

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  13. Vim à procura de novidades.
    Mas gostei de reler o poema.
    Teresa, continuação de boa semana.
    Beijo.

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