sábado, 29 de maio de 2021

Quanto menos podemos mais queremos …


 

O café sabe-me pela vida

Só tomo um por dia

Uma ninharia.

Se forem dois a noite é mal dormida

Ou mesmo em claro.

O café muda a minha forma de viver

E se juntarmos o prazer de te encontrar

Julgo que estou no céu ou para lá dele

Ninharias, dizes tu e digo eu.

 

Hoje senti falta de um café. Tanto!

E pensei: ora essa! Vou tomar!

A alegria veio da cápsula que deixei por ali

E a saborosa bebida faltava-me, afinal.


O corpo disse a urgência

Vício que assumo e sofro

Sempre que o desejo aniquilo.

Ninharias, dizes tu e digo eu.

 

Mas contar a quem me quer

Não é o café (o meu até é fraco)

É partilhar, é sentir a amizade

E rir de uma banalidade.



Teresa Almeida Subtil






  

 

20 comentários:

  1. De acabou chegar quentinho, não o café. O poema. Quentinho como se tivesse saído do forno agora. Pelos meus registros faz 17 de minutos que atravessou o Atlântico. Das sombras deste café apreende-se a cumplicidade capazes de esculpir as urgências do eu.
    Bom final de semana, minha amiga Teresa.
    Não esqueça de cuidar-se.
    Um beijo,

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Catarata ou ansiedade? A verdade é que os erros têm se sucedido nos meus comentários. Preciso arranjar um policial-robô para fiscalizar meus comentários, risos.

      PORTANTO, LEIA-SE, com o meu pedido de desculpas:
      Acabou de chegar quentinho, não o café, o poema. Quentinho como se tivesse saído do forno agora. Pelos meus registros, atravessou o Atlântico faz 17 minutos. Das sombras deste café apreende-se a cumplicidade capaz de esculpir as urgências do eu.
      Bom final de semana, minha amiga Teresa!
      Beijo,

      Eliminar
  2. Um café é muito bom e quando tomado com amigas ou em família,faz efeito! Adoro. Tenho saudade de encontrar com minhas filhas para os cafés à tarde e bons papos...Linda poesia! bjs, ótimo domingo! chica

    ResponderEliminar
  3. Adorei este poema com sabor de café!
    Gosto de café, mas não posso beber, infelizmente fico ansiosa! Sinto-me diferente às vezes!

    Beijinho e muita saúde!

    ResponderEliminar
  4. "Ninharias" que preenchem a vida. E ditas assim, neste poema cálido, aquecem o coração. Momentos cúmplices com quem se quer
    bem.

    A Morna, "Lua nha Testemunha", nas vozes de Ana Moura e António Zambujo, compõe muito bem o ambiente, diria, tropicalíssimo.

    Eles, Moura e Zambujo, levam jeito para o crioulo cabo-verdiano.

    Adorei tudo. :)

    Bom domingo.
    Beijinhos
    Olinda

    ResponderEliminar
  5. Pois é... ninharias que não se dispensam Teresa!
    Eu sofro do mesmo mal. Mesmo sabendo que o café me impede o sono, sou incapaz de lhe resistir. Uma ninharia, dizes tu minha Amiga!

    Uma boa tarde de domingo!
    Abraço!

    ResponderEliminar
  6. Confesso o meu gosto por café. Em tempos idos cheguei a beber 5 por dia. Agora bebo um ou dois, não mais. Antigamente bebia porque não queria beber bebidas alcoólicas com os amigos. Assim, bebia café. Agora - algumas vezes - bebo de manhã e depois do almoço. Ao jantar raramente bebo.

    Gostei do vídeo e do Poema sobre o café.
    .
    Um domingo feliz … abraço
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

    ResponderEliminar
  7. Amiga Teresa,
    O prazer de beber um café só é superado, quando temos a felicidade de o partilhar com um amigo ou amigos.
    Banalidades que preenchem a nossa vida, de alegria, de poesia.
    Muito belo !

    Um beijinho e feliz semana !

    ResponderEliminar
  8. Há quem não consiga enfrentar o dia sem vários cafés, para si, dois já são demais. Tudo na vida é relativo, cada um terá que saber encontrar o seu peso e a sua medida.
    Abraço amigo.
    Juvenal Nunes

    ResponderEliminar
  9. Bom dia. Poema maravilhoso!

    -
    Coisas de uma Vida.
    -
    Uma excelente semana...
    Beijo

    ResponderEliminar
  10. Ninharias ou não, a verdade é que o café é delicioso. E segundo dizem é como o amor, isto é: os dois devem ser quentes senão enjoam... O teu poema, Teresa, com aquela amizade que pões nas palavras, faz-me sentir bem.
    Cuida-te, Amiga.
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  11. Não gosto de café (que raridade!), mas entendo o gosto que tu tens por essa bebida, que, afinal, é só tomada uma vez por dia. Em companhia, vira singularidade e "ninharia", não é querida Teresa?

    Já conheço o vídeo, mas é sempre bom voltar a ouvir.

    Beijos e saúde.

    ResponderEliminar
  12. Parece ninharia , minha querida amiga!.Mas quanta companhia , quanta desobstrução mental nesse café, rio também de afectos
    Tão lindo!
    Um beijinho, Teresa , querida amiga

    ResponderEliminar
  13. Se há o que mereça um poema é o café, costume muito forte no Brasil e em várias partes do mundo. O cafezinho sempre está presente numa roda de amigos, num dia frio de inverno para emoldurar ideias e sentimentos. E Viva o café!! rss
    Gostei muito, querida Teresa.
    Uma feliz semana, com um cafezinho!
    Beijo, amiga.

    ResponderEliminar
  14. Olá, Teresa, belíssimo poema minha amiga, com tanto ritmo, suave melodia e esse cheirinho de café, que vem lá da cozinha.
    Parabéns, a Taís já está me esperando com um cafezinho, pois me deu vontade.
    Uma boa continuação de semana, com saúde.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  15. Um belíssimo poema, com um aroma inconfundível, a lembrar-me... de que está quase na hora, não tarda, de beber o meu segundo, do dia... eu ainda vou chegando ao segundo... sem insónias... mas de facto, quando é partilhado, tem um sabor tão diferente... para melhor!...
    Adorei o poema, e o tema musical, que gostei de recordar... e a imagem, também verdadeiramente apetecível!...
    Beijinhos! Votos de um feliz fim de semana, com saúde, para si e todos os seus, Teresa, com saúde e tranquilidade!
    Ana

    ResponderEliminar
  16. Serve um desses para mim, Teresa
    que eu gosto, mas por favor, sem
    açúcar.
    Beijos e beijos, vários. Com ou
    sem açúcar.

    ResponderEliminar
  17. As pequenas coisas da vida - as ninharias, dizes tu - são, afinal, o grande sustentáculo de todo o nosso desassossego, que muitas vezes não passa de foguetório.
    Muito bem, Teresa!

    Um beijinho :)

    ResponderEliminar
  18. gostei do teu poema, Teresa, mais até do que gosto de café (só para rimar!), gostei especialmente dos últimos versos. não aprecio tanto assim a bebida, bebo pouco e nem sempre, mas hoje coincidentemente fiz um café logo depois de acordar! um beijo!

    ResponderEliminar
  19. E há banalidades que sabem tão bem como um bom café...
    Gostei do teu poema, é excelente.
    Continuação de boa semana, amiga Teresa.
    Beijo.

    ResponderEliminar