nunca saberás
leva um selo
sobre a minha assinatura
já quis
atirá-la ao mar bravio – que leva mágoas em fúria
aquelas
fininhas que descobrimos um dia sem saber como
antigas –
não têm cura
lembro-me do tempo de juventude inflamada
lembro-me da
tua mão amiga, da tua estima
afinal era
um pequeno véu de espuma
que a
lembrança cobria
e junto ao
mar, indelével, se descobria
leva um selo
branco a nossa amizade – nunca saberás
não há vida
que nos leve para lá do carinho, da gratidão
não agarrei
o tempo para te agradecer, não te soube dizer
é por isso que aqui estou neste invernoso verão
junto ao
mar, a lembrar – me de ti
era esta a
água fria, eram estas as ondas descontroladas
era este o
mar que se divertia a banhar a juventude e a alegria
parece que me esqueci de ti – mas não
Teresa Almeida
Belo, nostálgico, sentido. Uma recordação, uma homenagem a despedida que não pôde efetuar-se???
ResponderEliminarQue importa! Acho que há marcas que ficam para sempre, podem é ser hibernadas pelo nosso querer...Há a vida que nos empurra!
Bjuzz, amiga :)
É a vida que nos empurra, sim.
ResponderEliminarComo sempre, entras no âmago das palavras.Perspicácia profissional. :)
Bjuzz querida amiga :)