Não sei se chove na praça meu amor
se o vento desnuda as árvores
da confiança
que nos fustigam o caminho
e nos atiram cascalhos de mudança.
Uma a uma vão caindo as certezas,
os cabelos branqueando
e o sorriso amarelecendo.
As horas arrastam-se lentas e tardias
sem nos devolverem o tempo das cerejas
e as rosas que no peito me trazias.
Não sei se chove na praça meu amor
não sei se logo veremos as estrelas
e se o nosso olhar se cruzará entre elas.
Não sei se chove na praça meu amor,
se o tempo trará de volta a poesia,
se ainda me vestirei de esperança
e se encontrarei
a melodia que a aurora em nós escrevia.
Teresa Almeida
Pintura de Renoir
Pintura de Renoir
Um belo Poema de realidades...
ResponderEliminarSe as dúvidas surgem é porque as certezas se afastam.
Contudo, a esperança persiste e isso é motivador.
Beijos
SOL
Que chova na boca das sementes
ResponderEliminarAmiga, a tua poesia sempre colhe a minha lágrima de emoção a ler-te.
ResponderEliminarUm poema belíssimo e tocante (dorido)...
Grata por esta leitura e todas as outras.
A tua poesia ocupa um espaço (afetivo) especial em mim!
Beijinhos,Querida Teresa.
Minha querida
ResponderEliminarQuantas vezes desejamos que o tempo pare e nos devolva a inocência.
Como sempre adorei ler-te.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Sei que já li este poema e pensava tê-lo comentado...
ResponderEliminar"Uma a uma vai caindo as certezas" - será que as houve? Há um tempo em que não questionamos porque questionar é sempre sinal de crescimento e, quando ainda se tem muito tempo para viver, nem damos por esse crescimento. Mais tarde os questionamentos são quase intrinsecamente necessários e descobrimos que há apenas o hoje para viver. Contudo, neste belo poema, as dúvidas são certezas no sentir poético.
BJO; querida Teresa :)