Da janela sobressai o castelo
E as escadas que me levam
A percebê-lo.
É velho e, todavia, ergue-se pedra a
pedra
E esmorece nas falhas
Feitas de memória e de perda.
A cerejeira brava é, agora, a rainha
E talvez com o calor a pique
Algumas delícias eu ainda debique
Sentindo-me pássaro no voo e na canção
Trincando, mordo a mordo,
A primavera e o verão.
A vida continua num ritmo em que
participo
Como se abraçasse a natureza
No bico do amor e do desejo.
E saboreio o café e o almendruco
Que me fala
Das amendoeiras que daqui vejo.
Teresa Almeida Subtil
Saudações amigas
ResponderEliminar.
Delicioso aspecto tem esse bolinho e o café. Para aquecer estes dias de "prisão domiciliária" a que estamos "obrigados" a suportar para bem da comunidade e de nós mesmos. Maldito coronavirus.
.
Tenha um dia de Paz, Amor, Felicidade.
sabores que perfumam a vida.
ResponderEliminare pequenas coisas que a embelezam ...
gostei muito, Teresa.
beijo, minha amiga
Tudo pelo melhor
ResponderEliminardevagar
com tempo
Bj
O que se pode ver e sentir de uma janela...
ResponderEliminarExcelente poema, gostei imenso.
Teresa, um bom fim de semana.
Beijo.
Querida Teresa
ResponderEliminarEis um ambiente cálido e convidativo.
Poema que nos leva ao âmago de nós, minha amiga.
O almendruco deu-me que pensar mas já fizémos a devida
aproximação. Descobri-lhe a raiz. Assim, a promessa de um
debicar "mordo a mordo".
Joe D'Assin? O meu cantor de sempre. E esta canção que me faz sonhar. "Et si tu n'existait pas, dis-moi pourquoi j'existerais..." Lindo!
Beijos
Olinda
Como eu gostava de poder ver as amendoeiras em flor, daqui da minha janela, só dá mesmo para ver, os prédios e ruas ao redor.
ResponderEliminarQue delicioso poema.
Por nós e pelos outros, é fundamental que fiquemos em casa.
Espero que tudo corra bem consigo e com todos os seus.
Um grande beijinho
"Sentindo-me pássaro..."
ResponderEliminarQue maravilhoso e reconfortante é ler-te, Teresa.
Um beijinho :)
(Tinhas por aí um vídeo com testemunhos de vários mirandeses. Que lhe aconteceu?)
Caro AC, fico contente que aprecies a língua e a cultura mirandesa.
ResponderEliminarO vídeo ainda lá está. Também gostei de participar.
https://www.facebook.com/100008330358179/videos/2578837139070606/UzpfSTEwMDAwMDgxNjk4ODM2MjoyODAxMDU1NDY5OTM
Um beijinho. :)
corrigindo-me :))
ResponderEliminar"si tu n'existais pas"
bj
Eu de novo, querida Teresa.
ResponderEliminarAproveitei o endereço acima e assim consegui entrar e ouvir as mensagens em mirandês, sobre a necessidade de ficar em casa.
Obrigada.
:)
Olinda
O que tu vês da tua janela, Teresa, faz-me "inveja"! Tanta coisa bonita e apetitosa! Confinada a um espaço restrito, a nossa casa, saboreamos melhor tudo o que vemos.
ResponderEliminarSe ele, o vírus, não existisse, nós continuaríamos a existir com alegria e liberdade.
Beijos e dias de esperança.
Como sempre, um poema a transmitir boa energia, mesmo neste momento delicado pelo qual estamos passando. "A vida continua num ritmo em que participo/ como se abraçasse a natureza." E a natureza nos ensina tanto, se quisermos aprender. Aliás, este é um momento em que a natureza nos dá um aviso para que possamos rever muitos de nossos hábitos, inclusive alimentares. Espero que tu estejas bem, Teresa, tomando cuidado, um beijo.
ResponderEliminarMais um momento poético sublime!... Deliciosamente acompanhado, com um encantador fundo musical!
ResponderEliminarBelíssima janela, esta... que por aqui, nos devolve uma alma nova, nestes dias, em que o nosso espírito anda tão amarfanhado, em estatísticas, curvas e números deprimentes...
Beijinho!
Ana