sexta-feira, 15 de março de 2013

Toda eu



Volúpias alvas, translúcidas, cobrem o meu corpo
quimeras  que a noite em mim sonhou
madrugadas irreais  acordam os picos da exaltação
e aclaram os tons em que a noite se deitou
as colinas desnudam-se fogosas num despertar dolente
o vale guarda ainda o meigo humidificar dos primeiros rebentos
força de vida a raiar lentamente
evoluem e fluem as cores do meu desassossego
vertidas em telas que o imaginário consente
o mar, a terra e o céu sou toda eu

Teresa Almeida


8 comentários:

  1. Colega e amiga Teresa Almeida: sem palavras. Excelente. Rendeste-nos ao teu poema. Obrigado.

    ResponderEliminar
  2. "o mar,a terra e o céu sou toda eu"

    Sim,és poesia sempre,a mais bela poesia!!

    Beijinho,querida amiga.

    ResponderEliminar
  3. Toda tu...
    Fazes poesia como quem respira.
    Gostei mesmo muito.
    Teresa, minha muito querida amiga, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  4. Toda poesia...adorei. Beijos com carinho

    ResponderEliminar
  5. Belíssimo poema
    Eu sou tudo, tudo sou eu
    Todo o sonho etéreo.

    Beijinho :)

    ResponderEliminar
  6. Perfeita esta identificação entre a Natureza e a Mulher; a beleza daquela possuiu a mulher/fêmea...

    Bjuzz, querida Teresa :)

    ResponderEliminar
  7. Magnífico o paralelo que traçaste entre esses dois universos, Teresa. Ele é de uma expressão poética de quem a intimidade para com as letras é dom antigo, vem de muito longe....

    A imagem que escolheste é, ela também, magnífica. Meus aplausos, minha amiga!

    ResponderEliminar