Chamaram-me
à rua do Carmo
Para me
perguntarem: que escreves tu?
E eu, sem
saber por onde vou, respondo:
Está nu o
meu verso, sem arpejo.
A rima anda
solta nos poemas que leio
Nos peitoris
das janelas que namoram o Tejo
Mesmo que o
não vejam.
Cegos os
meus versos dão-se aos dedos
Para que
apertem os desejos e as penas
E deambulem
pelas ruas desoladas
E roubem as
cordas às guitarras e toquem
Toquem uma
melodia que encha as frinchas da noite
Que
ressuscitem a trilha e a harmonia
Que
encontrem a poesia perdida algures
Despida.
Teresa
Almeida
A poesia despida, nua, livre para passear na rua
ResponderEliminardo carmo ao toque da melodia da noite e se
vestindo luminosamente de harmonia...
Querida amiga estava saudosa da tua luminosa
poesia, uma melodia primorosa nos acordes
da tua alma...
Poema e foto belíssimos!
Beijinhos saudosos.
Olá, Teresa.
ResponderEliminarUm encanto sua poesia que tem versos que "hão de roubar as cordas às guitarras e tocar melodia que ressuscite a trilha e a harmonia" que tanto são necessárias ao nosso viver. Queremos é poesia dessa em que os versos ganhem vida e sigam pelo escuro do mundo a fazer luz =)
Bonito.
bj amg
A Teresa faz boa poesia.
ResponderEliminarE este poema, que é excelente, é apenas um exemplo.
Boa semana.
Abraço.
Pois é, Teresa. A Poesia anda despida e nua de conceitos.
ResponderEliminarChamaram-te porque conhecem o encanto dos acordes nas letras do teu fado.
Que haja fado com muita Poesia!
Beijos
SOL
Ah, Teresa, é assim que a poesia vale a pena.
ResponderEliminarUm beijinho, poeta :)
Há sempre poesia quando os versos escorrem dos dedos.
ResponderEliminarUm encanto este poema de um chamamento que te é intrínseco!
Bjo, querida Teresa :)