Chamaram-me à rua do Carmo
para me perguntarem: que escreves tu?
E eu, sem saber por onde vou, respondo:
está nu o meu verso, sem arpejo,
a rima anda solta nos poemas que leio,
nos peitoris das janelas que namoram o Tejo,
mesmo que o não vejam.
Cegos os meus versos dão-se aos dedos
para que apertem os desejos e as penas,
deambulem pelas ruas desoladas,
roubem as cordas às guitarras e toquem,
toquem uma melodia que encha as frinchas da noite,
que ressuscitem a trilha e a harmonia,
que encontrem a poesia perdida algures,
despida.
Teresa Almeida Subtil
despida.
Teresa Almeida Subtil
Querida Teresa,
ResponderEliminarEste teu poema é belíssimo (já lido e apreciado por mim)
e esta Antologia foi premiada com a tua poesia luminosa!!
Meus votos de 2016 luminoso, renovador e poético
e poético com os infinitos de palavras dos poetas
semeando a densidade das "realidades" na implantação
dos sonhos!...
Quero a continuação das nossas partilhas da poesia e
dos sonhos, amiga!
Beijo e abraço de paz!!
Olá Teresa!
ResponderEliminarO poeta pode não saber por onde vai, mas vai e desbrava a poesia que encontra, nesses versos nus que vestem a alma de ordem e harmonia.
Muito belo, Teresa!
Um Feliz 2016 com muita saúde e inspiração! :-)
xx
Sempre um prazer viajar pelos seus apeadeiros
ResponderEliminarBj
Minha querida amiga,
ResponderEliminarAdorei receber a tua visita com teu olhar
de carinho sobre a minha poética.
Tenho tanta saudade de ler mais a tua poesia,
não é nenhuma pressão para voltares a postar,
mas, voltas a publicar teus poemas, gosto
tanto da tua bela poética, tu sabes disso,
faz muitos anos que partilhamos da amizade poética!... rss
Beijos saudosos.
Um belíssimo entrosamento de artes: a palavra e a melodia.
ResponderEliminarO ritmo e a musicalidade atravessam todo o poema, parecendo ter pressa de chegar onde a poesia é urgência...
Gostei imenso!
Bjo :)
Cara Teresa,
ResponderEliminarEste seu poema foi lido no InVersos.
Poderá encontrar a gravação aqui:
https://invers0s.wordpress.com/2017/02/11/inversos-teresa-almeida-subtil-despida/
Com Consideração,
Rui Diniz
InVersos