Al tou lhume
Nun era l reissenhor de Florbela,
mas toda la nuite cantou,
melodie nun sustenida
que l biolino tocou.
Soában uocas las palabras,
geladas i sien cherume,
talbeç só l sonido tenga altura
de me poner al tou lhume
an terrena partitura.
Teresa Subtil
A teu lado
Não
era o rouxinol de Florbela,
mas
toda a noite cantou,
melodia
não traduzida,
que o
violino tocou.
Soavam
ocas as palavras,
frias
e sem significado,
talvez
só o som tenha altura
de me
colocar a teu lado
em
terrena partitura.
Um poema muito inspirado, Teresa. Não, não era o rouxinol da Florbela. Este rouxinol cantava para que pudesses sentir como é intransferível a tua vida...
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo, minha Amiga.
Sim, de facto,as palavras "gastam-se", bem o sabemos, desde, pelo menos E. Andrade o disse. E delas, porém, fica a bailar o som dolente de sua música, que se dilui num cântico longínquo.
ResponderEliminarbelíssimo poema. por certo não o "rouxinol de Florbela", mas atrevo-me a afirmar que o "canto de cotovia" em final de tarde.
gostei muito, aniga
(que pena tenho de já não saber dizê-lo em mirandês! rss)
Peço desculpa, "Amiga" eu quis dizer.
ResponderEliminarManuel Veiga, obrigada pelo comentário. Ou és mirandês ou viveste no planalto. Eu não nasci aqui, mas apaixonei-me pela língua mirandesa.
ResponderEliminarBeijinhos.
Oh...e eu que estava a ouvir o rouxinol nas tuas palavras...e cortaste o pio...
ResponderEliminarQue lindo! :)
Bji Teresa!
Minha Amiga,
ResponderEliminarPrimeiro esta foto belíssima, um universo
poético de cores!
O teu poema é inscrito da tua vibração única,
que alcança uma expressividade de cantar
o amor na suavidade e sensualidade
encantadoras!...
Beijinhos.
Por um instante alguns são eternos
ResponderEliminarDiz tanto com tão pouco. Lindo!
ResponderEliminarHá momentos tão sublimes, em que o voo é tão elevado, que as palavras para além de indizíveis perdem a sonoridade, dando lugar a contemplação.
ResponderEliminarÉ o que eu sinto no meu regresso a este lugar...
Beijinho Teresa
Belo poema, como sempre. Gostei imenso.
ResponderEliminarEm Mirandês o "v" é sempre "b"? É que no Minho o "v" quase não é pronunciado (ex: Biana, bida, bindima, etc., etc.).
Bom resto de domingo e boa semana, querida amiga Teresa.
Beijo.