Ah! se eu
pudesse abandonar o castelo
construir
defesas a meu jeito, saltar as ameias
do teu
peito, libertar medos e anseios,
chorar
entre a multidão tudo o que tenho direito,
descer a
rua, erguida, de lampião na mão!
Se eu
pudesse soltar pardais na escuridão,
deixar sem
guarida a ambição desmedida,
fazer a
fogueira na praça, cumprir o ritual
do
solstício de Inverno, esconjurar o mal
e mandar
para o inferno todo o ato desumano!
Se eu pudesse
fazer da noite de fim de ano
um cântico
de renovação que iluminasse
a madrugada
gelada e se no grito que erguesse
arrancasse
de raiz o que a razão não adormece!
Ah! se eu
pudesse!
Querida Teresa,
ResponderEliminarBelíssimo!!
Com a imensidão deste teu poema, a inscrição deste teu
cântico de renovação iluminou o universo no
caminho das palavras com os gestos da irmandade
da raça humana!...
Beijinhos, Poetisa Amiga.
Tangíveis os chamados impossíveis
ResponderEliminarBj
A noite de fim de ano é apenas um tempo de renovação aparente para a maioria das pessoas. E o mundo, cruel e sem paz, permanece inalterado. Mas é sempre bom um grito como o teu, onde não faltaram fogueiras na praça nem pardais na escuridão.
ResponderEliminarExcelente poema, adorei. Talento não te falta.
Bom fim de semana, querida amiga Teresa.
Beijo.
"humanos, demasiado humanos", logo frágeis.
ResponderEliminarmas há sempre um suplemento de alma, uma energia insuspeita, uma nova vereda a percorrer, um novo poema que espera ao dobrar uma esquina...
o que importa é soltar os "miasmas" que teimam.
e, então, "Podemos" - usando uma palavra que entrou na gíria.
gostei mto do poema.
beijo
"Ah! se eu pudesse!"
ResponderEliminarMaravilhoso, Teresa!
Abraço
Ainda se pode sonhar pelo menos...Gosto mesmo muito do que escreve. beijos
ResponderEliminarA verdade é que não podemos tudo, mas a poesia já é um bom contributo para amaciar o mundo.
ResponderEliminarQue não se calem os poetas , e muito menos aqueles que como tu, sublimam esta arte, ao seu mais alto nível...
Beijinho Teresa, bom fim de semana...:)