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Passas de
saudade
Cheguei
derrotada, passa em pão enrugada,
vim, fora de
horas, mas de propósito para te dizer
que a chuva me
bate no peito clássica e bravia
melodia tardia
que a saudade permite acontecer.
É sempre aguda e
fria a fresta que o livro
abre de memória
e a nossa história é de cumplicidade.
A ausência é
trovão que vem de longe e se derrete.
No pão a passa
acrescenta o calor da amizade
e a manteiga que
sabor! Essa nunca vem tarde.
A chuva lava-me o rosto, e o café que aroma!
deixo a torneira
correr, chávena cheia, e o mel é a tua palavra
sussurrada na
minha, gosto e carícia que apetece.
As passas são
baladas de amigo na minha boca,
a mente enleia o
tempo e o vento sopra molhado.
Vou pelo monte
como a Jane Eyre da minha adolescência,
sem óculos,
cabelos esvoaçantes a chispar clarões.
com ela perdi o
medo e a trovoada é som que me passeia.
Teresa Almeida Subtil
castelã de seus afectos (e memórias), a Poeta escuta ao longe o tropel e a cavalgada e enfrenta, soberana, a intempérie para cuidar da chegada.
ResponderEliminara mesa posta: o pão, o mel, o café ... e as passas! e o livro aberto (que nada ali é fingimento).
e os cabelos soltos. agora. e tempestade que se afasta. som longínquo. música em que a Poeta se passeia.
muito belo, Teresa Almeida
beijo
Uma história de cumplicidade.
ResponderEliminar"Vou pelo monte como a Jane Eyre da minha adolescência". Faço-te companhia, Teresa. Talvez recupere a minha adolescência também...
Gostei imenso do poema.
Uma boa semana.
Beijo.
Pedindo desculpa pelo meu atraso, mas só hoje consegui passar por aqui, agradecendo a sua amável visita em artandkits.blogspot.com e aproveitando para conhecer este formidável espaço, dedicado à boa poesia... e a essa maravilhosa linguagem tão nossa, que é o mirandês... e que vou adorar descobrir...
ResponderEliminarSerá um prazer imenso, passar por aqui, sempre que me for possível, Teresa!...
Beijinhos! Continuação de uma boa semana!
Ana
Um poema de passas que não passa ao lado do encanto de quem o lê. Gostei imenso, o poema é excelente.
ResponderEliminarContinuação de boa semana, amiga Teresa.
Beijo.
e assim passas palavras que saboreamos à mesa
ResponderEliminara cantar por gestos
e memórias
Bjs
e assim passas à mesa
ResponderEliminarpalavras e memórias
de levar à boca
Bjs
Parabéns pela criatividade.
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
Belíssimo este seu canto em louvor
ResponderEliminarda vida, liberdade e ao amor:
"O livro abre de memória e a nossa história é de cumplicidade."
Admirável sempre a sua poética, Teresa!!
Beijinhos.
Um belíssimo poema pleno de saberes e sabores com a delícia da cumplicidade, Teresa.
ResponderEliminar...e passeia-te com o som da tua poesia!
Beijinhos! :))
Delicioso poema , adocicado de vida...
ResponderEliminarBeijinho Teresa, desculpa o atraso, mas tenho estado sem pc...