quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Malas à porta


"Professor que é professor, em Setembro tem as malas à porta." Há-de correr bem, dizia ela - otimista por natureza. E eu fiquei a pensar que já tive as malas à porta - muitas vezes (e havia muita adrenalina em tudo isso) mas, se isso me acontecesse depois de constituir família... deixava o coração para trás ...levava-o comigo? Pensamento matinal demasiado arrepiante.
Um dia pus uma cruz no distrito do Porto, a título definitivo, mas depressa me trouxeram de volta à origem. Hoje penso que a opção foi acertada. Fez parte de um percurso encantador. E ao Porto vou sempre que posso. A cidade é linda de morrer porque também é minha. Vou cirandando...

Teresa Subtil

9 comentários:

  1. Também passei pela fase das «malas à porta»,
    mas não se fale em Setembro, por enquanto!
    Gostei muito o vídeo, Teresa, suponho ser inspirações celtas...
    Beijinhos estivais.
    ~~~~

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  2. E continua a haver tantos professores sem estabilidade, durante anos e anos a fio... sendo cada ano, uma incógnita, em matéria de colocação...
    Sempre bom ouvir estes sons do nosso Portugal, mais profundo... e das suas raízes ancestrais...
    Beijinho! Feliz semana!
    Ana

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  3. Não é fácil essa vida dos professores de "malas à porta" em Setembro... E como refere a Ana Freire há tantos sem estabilidade anos a fio...
    Um beijo.

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  4. Pois é, Teresa, voltar à cidade natal é muito bom, fico a imaginar quanto deverá ser bom quando se tem a cidade do Porto (que o vi em tantos documentários) como a cidade natal. Parabéns.
    Um abraço.
    Pedro

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  5. Vai cirandando, querida poetisa!...
    Com teus olhos de poesia registrando,
    minha amiga.
    Adorei o vídeo-música!!
    Nos nossos ricos ritmos culturais
    pernambucanos, temos o ritmo da Ciranda...
    Beijinhos, amiga

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  6. A colocação dos professores é um pesadelo... para o próprio e para a família.
    Gostei do vídeo, embora me tenha parecido que as gaitas de foles desafinaram um pouco a certa altura...
    Bom fim de semana, amiga Teresa.
    Beijo.

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  7. Terra de meus ancestrais
    O Porto - de onde um dia
    Saíram com o que havia
    De seus, para nunca mais.

    Triste vida desses tais
    Portugueses na porfia
    Do mar, cuja valentia
    Eu reconheço em meus pais

    Que lutaram feitos fera
    Sempre na busca e à espera
    De um dia melhor, e assim

    Lutaram e venceram. Mera
    Luta em atmosfera
    De amor sem princípio ou fim.

    E as malas prontas? Lembrei de um poema de Mário Quintana que diz ser a vida uma eterna hospedaria, / Onde se vive quase sempre às tontas / As nossa malas nunca estão prontas / E nossas contas nunca estão em dia. / Na vida tudo é inseguro e o maior perigo da vida é se estar vivo. Grande Abraço, Teresa! Bom fim de semana. Laerte.

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