Não sei se o
fascínio vem do brilho dos solitários
com
coloridas folhas de parreira
se da beleza
translúcida da jarra verde
comprada
para o casamento da avó
se da
travessa esmeralda, enfeitada
com uvas de
rei da vinha da faceira.
Ou será
apenas um poema
que vive na
sala um enredo outonal
filtrado à
hora mágica do sol-pôr
ou a saudade
esgueirada dum olhar amigo
pena esvoaçante de ave
pintada num
elegante vaso antigo?
Teresa Almeida Subtil
O fascínio surge, quando as palavras saem da alma da poetisa, de tal maneira vivas e sentidas, que formam em nós uma imagem de paz e serenidade de uma sala muito especial.
ResponderEliminarMaravilhosa poesia.
Beijinhos
Maria
“Não sei se o fascínio vem do brilho dos solitários
ResponderEliminarcom coloridas folhas de parreira"
se da beleza translúcida da jarra verde”
Vê-se a beleza deste seu poema, querida amiga Teresa, pelos belos versos que abrem esta obra poética. Gostei muito. Parabéns!
Um beijo e uma boa noite Teresa.
Pedro
Não sei, não sei, querida Teresa, se o som do piano me abranda ou me eleva, mas sinto-me enfeitiçada com as tuas palavras.
ResponderEliminarA jarra, sim, a verde, comprada para o casamento da avó ou a travessa ou o entardecer, talvez tudo junto, façam deste teu belo poema o fascínio de que falas, mas acho que este substantivo é pequeno para descrever toda a grandiosidade das tuas linhas.
Beijos e boa semana.
Forte o brilho dos frágeis cristais
ResponderEliminarBj
Interessantíssimo, querida Teresa, não será por acaso que o fascínio venha do brilho dos solitários? Estou pensando, tantas são as opções...mexe mais com as emoções!
ResponderEliminarParabéns, querida amiga, muito lindo!
Um beijo
Pode ser tudo, com a beleza que cada coisa contém. Mas o "poema que vive na sala um enredo outonal filtrado à hora mágica do sol-pôr" é conivente com esse fascínio que cerca o teu olhar e as tuas palavras. Tão belo!
ResponderEliminarUm grande beijo, Teresa.
Tudo junto, não é verdade Teresa? Não há como escolher ou identificar as cores, os sons, os sabores e os objectos que nos rodeiam, se tudo tem um significado para cada instante da vida, fazendo-se presentes qualquer que seja a cor do tempo.
ResponderEliminarUma bela viagem, minha amiga, parecida com algumas que enceto, de quando em vez, no recesso do meu íntimo.
E adorei. Adoro esses seus poemas plenos de doces sentimentos, perenes.
Beijos
Olinda
belíssimo teu Poema, Teresa! uma bela "encenação" de palavras, memórias, gestos e objectos valiosos e singulares, num ballet de formas e sentidos que envolvem, sem escapatória, o leitor.
ResponderEliminaradorei o "brilho dos solitários" e a inscrição das folhas de parreira!
parabéns, minha amiga
beijo
Também fico fascinado com o brilho das tuas palavras.
ResponderEliminarExcelente poema, como sempre.
Teresa, continuação de boa semana.
Beijo.
Toda a nostalgia do Outono, poetizada com brilhante
ResponderEliminarromantismo, associado a peças decorativas de grande
valor sentimental... Muito belo.
A minha mãe também teve como prendas de casamento,
peças desse vidro verde decorado a ouro...
Dias serenos e inspirados.
O meu abraço, querida amiga.
Beijos
~~~
Há um fascínio neste teu poema, querida Teresa, que me fascina, menos pelas suas indagações, que pelas fascinantes imagens que contém. Tudo nele é plástico, visual, quase gráfico. Um poema sinestésico, seria?
ResponderEliminarPouco importa, nele as indagações se transmutam em poesia quando esta se torna emocional (não necessariamente o piano!), quando esta se enreda na doce atmosfera do outono, e termina seu voo num arabesco de pena de ave pintada em um vaso antigo.
Fascinante. Fascinado.
Um ótimo fim de semana, querida amiga!
Belo poema :)
ResponderEliminarBeijinho | danielasilva-oficial.blogspot.com
Parabéns, oh poetisa,
ResponderEliminarPorque hoje é o teu dia:
Do poeta e poesia,
Que hoje se realiza.
Meu cumprimento que visa
Exaltar a arte e a magia
Da poetisa que cria
Versos que voam com a brisa
Levando junto o perfume
Ao mais elevado cume
Do belo da natureza
Como aquilo que resume
A beleza sem ciúme
Da divina luz acesa!
PARABÉNS, POETISA! Grande abraço! Laerte.
Este olhar perscrutador atento “pescando” a poesia dos objetos e, ao mesmo tempo, mexendo com a memória, leva ao leitor a sensação agradável de estar de mãos dadas com o Outro.
ResponderEliminarUm beijo, minha amiga Teresa!
Passei para ver as novidades.
ResponderEliminarMas gostei de reler este teu magnífico poema.
Amiga Teresa, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Olá, Teresa, como estás? Espero que bem. Eu poderia reconhecer este poema como sendo teu mesmo que eu não soubesse de fato a autoria, são versos que transmitem a tua maneira mais genuína de expressão. Um beijo!
ResponderEliminarEstou fascinada pela sua escrita, pela expressão e encanto das suas palavras!
ResponderEliminarGrata por partilhar o seu talento!
Beijinhos
Por aqui... o fascínio... são as suas inspiradoras palavras, Teresa... que nos transportam para outros cenários e emoções... e que ainda assim, sempre nos fazem sentir em casa...
ResponderEliminarBeijinho! Feliz domingo!
Ana