O maestro
tem a batuta na mão e traquejo de orquestra.
Não, não
penses que estão no salão,
em qualquer
lugar entram a tempo, gente sem idade.
Quero
participar neste festival, todos são chamados,
é a aldeia
global.
Quero entrar
na hora e acertar o tom.
O maestro
tem garra e sabe agarrar-nos a alma,
cada um dá o
melhor de si, a sua própria voz;
até um cana
rachada sente o apelo e responde à chamada.
O maestro
não sabe de onde vem, não pertence a lugar nenhum,
apanha o
melhor de cada um.
A pauta é de
veredas abandonadas.
A melodia
nasce nos caminhos.
Na
diversidade está a beleza e a energia do trecho musical,
a criação.
No
arrebatamento está a afinação.
Eu já tenho
a bengala,
não importa
de quem é a ideia,
a causa é
comum: vamos!
Bamos! (lhéngua miandesa)
L maestro ten la bara na mano i saber d'ourquestra.
Nó, nun penses que stan ne l salon,
an qualquiera sítio éntran a tiempo, gente sien eidade.
Quiero partecipar neste festibal, todos son chamados,
ye l'aldé global.
Quiero antrar na hora i acertar l tono.
L maestro ten chama i sabe agarrar-mos l'alma,
cada un dá l melhor del própio, la sue própia boç;
até un canha rachada sinte l bózio i responde a la chamada.
L maestro nun sabe dadonde ben, nun pertence a lhugar niun,
apanha l melhor de cada un,
La pauta ye de breias abandonadas.
La melodie nace ne ls caminos.
Na dibersidade stá la beleza i l'einergie de l testo musical,
la criaçon,
ne l arrebatamiento stá l'afinaçon.
You yá tengo la caiata,
nun amporta de quien ye l’eideia,
la causa ye de todos: bamos!
Teresa Almeida Subtil
(In Rio de Infinitos / Riu d'Anfenitos)
Celebrando o Dia Mundial Da Música.
(In Rio de Infinitos / Riu d'Anfenitos)
Celebrando o Dia Mundial Da Música.
Olá, Teresa!
ResponderEliminarGostei muito desta tua prosa poética, um convite gentil para a orquestra, que sob a batuta do experiente maestro, propiciará o encontro com a música. Quem perderá a oportunidade?
Uma boa semana querida amiga Teresa.
Um beijo.
Pedro
Também vou celebrar a música incentivada pelo teu poema.
ResponderEliminarUm beijo.
Teresa, minha amiga
ResponderEliminarquero ficar no teu naipe, para melhor eu poder disfarçar as minhas fífias ... rss
adorei, enorme teu talento.
chapeau!
beijo
Teu poema é uma canção
ResponderEliminarOrquestrada e elegante!
Tem um ritmo vibrante
Que alegra o meu coração.
E todos os versos são
Um solfejo consonante
Com o tempo seguindo avante
E fechando a consagração.
Grande abraço! Laerte.
Parabéns! Esse perfume
Dos teus versos leva ao cume
Do Panteão do eleitos.
E o teu poema resume
Um grande amor sem ciúme
Ao canto, em todos os jeitos.
Grande abraço! Laerte.
ResponderEliminarPois Bamos! querida Teresa, que "A pauta é de veredas abandonadas.
A melodia nasce nos caminhos".
Excelente forma de falar da Música, essa bela condição que nasce connosco e todos nós, de uma forma de outra, lhe presta homenagem em cada gesto e em cada som que emitimos.
Adorei o seu poema, minha amiga.
Bom fim de semana.
Beijinhos
Olinda
Gostei muito do teu poema, querida Amiga.
ResponderEliminarHá nele um tom hínico, incentivador de coragem e força...
''até um cana rachada sente o apelo''... Srrsssss...
Também acho o dia da música muito especial.
Quanto ao vídeo, não percebi o que diziam, mas gostei
da melodia e do envolvimento e partilha que sugestiona.
Grande e carinhoso abraço de boa e saborosa Amizade.
Tudo bom.
~~~~
Mas será que alguém perderá o ritmo desta tua batuta poética ? Nem o maestro , Teresa !
ResponderEliminarE quem resiste aos celestiais sons de uma orquestra ?
És contagiante , querida amiga ! E deixa que te confesse : conseguiste fazer “ dançar “ mais com o teu vocativo , que a música que imaginei !
Um grande abraço 🤗
Quando assisto a um concerto, uma das coisas que mais aprecio é o trabalho do maestro. A maioria deles é meio louca (pelo menos aparentemente), mas vale a pena vê-los a empolgaram-se nos diversos andamentos da obra.
ResponderEliminarGostei do poema, muito a propósito e excelente.
Teresa continuação de boa semana.
Beijo.
Olá, Teresa,
ResponderEliminarImagina! Onde "se apanha o melhor de cada um", fica bem para mim. porque, se "a causa é comum", vou me achar, vou me perder, vou me cobrir com esta "pauta de veredas abandonadas", me fará bem!
Um beijo, minha amiga Teresa!
P.S.:
"Faz tempo que não te vejo/ ai que saudade d'ocê!"
Uma forma muito bela de assinalar esta data... sendo que a música também é uma expressão de arte, que não conhece fronteiras... pelo que adorei esta belíssima orquestração musical, por uma causa maior, na forma de poéticas palavras...
ResponderEliminarBeijinho
Ana