Estranha, de
ausências desmedidas
Espaço
imenso e paredes gretadas
E eu? A quem
digo das emoções?
Nas janelas
faltam chilreios
E gerânios
esculpidos no horizonte.
Não vejo a
ponte e as cores do alvoroço.
Só os verdes
das magnólias
E as flores
brancas dizem de nós.
E o azevinho
de bolas vermelhas
Aproxima a
ternura do Natal
Que
desenhavas no olhar
Chegaram os
primeiros frios
E, talvez, a
fogueira
Arda no
peito e o azevinho enfeite
O parapeito
da chaminé
E o Natal
comece hoje pela manhã
E o poema
rebente na euforia de outrora
E o vazio se
desfaça agora
Como se a
casa voltasse
Em toda a
harmonia do traço
E do laço
branco que ataste
Nos meus
cabelos de menina.
A poesia é uma das tuas casas...
ResponderEliminarPoema soberbo, parabéns pelo talento.
Teresa, tem um bom fim de semana.
Abraço.
Um lindo poema que despertou em mim a nostálgica própria dessa época!
ResponderEliminarBeijinhos
nunca mais as casas voltam intactas, minha querida amiga
ResponderEliminarmas marcam a paisagem dos dias, sei bem!
uma nostalgia serena e a finíssima dor das ausências
num poema de grande beleza e sensibilidade.
gostei muito. Teresa
beijo
Quando a infância vai ficando cada vez mais longe, as casas tornam-se mais pequenas e mais envelhecidas. Mas estão lá as pedras para gritarem todas as memórias que ficaram…
ResponderEliminarSempre tão belos, os teus poemas.
Um grande beijo.
A nostalgia do teu poema em consonância com a imagem com voz mas que nos obriga a meditar.
ResponderEliminarQuando o vazio se instala numa casa cheia de história, a consciência aconchega-se ao silêncio para ouvir ainda, como refúgio, a estória escrita em cada objecto que fala. E aquieta-nos. Ou somos invadidos pela impotência.É a impermanência do tempo!
Tão inquietante e belo o teu poema!
Beijinhos!
A imagem do azevinho
ResponderEliminarFez-me antever o Natal
Por ti - primeiro sinal.
Eu já o vi de pertinho.
Viva teus versos! E um vinho
Ao brinde entre Portugal
E o Brasil - do litoral,
Com muito amor e carinho!
E mais um viva à Teresa!
Repouso a taça na mesa
E corro a ti, a um abraço
Pelo teu lindo poema
De uma beleza suprema
Terminado em alvo laço!
Belíssimo o teu poema, Teresa! "O gerânio esculpido no horizonte" é demais! Linda figura! Parabéns! Abraço cordial! Laerte.
Uma casa de família antiga, um outono que arrefece
ResponderEliminare aprofunda o silêncio da natureza, falta de aconchego
e de emoção, evoca-se o Natal como encorajamento e como
alivio da nostalgia.
Novembro é, mesmo, assim... e o teu poema está belíssimo.
Abraço grande, querida Teresa.
Tudo pelo melhor.
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~ Ps ~ Também usei laço no cabelo...
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Tenho hoje no A Vivenciar uma homenagem especial.
EliminarBeijinhoa
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Não sei, que fascínio e que perfume pões tu nos teus poemas, não sei, mas sei que me agradam sobremaneira, Teresa!
ResponderEliminarRecordações de outrora, da Casa II, como lhe chamas, onde tudo lembra a saudade. O tempo não volta atrás, já todos sabemos, todavia tu consegues pôr-te e pormo-nos em sintonia com esses tempos e lugares. Tão bom!
A música escolhida, tal como a fotografia continuam as tuas bonitas e sentidas palavras em verso. Tão rico o teu vocabulário, as tuas comparações e metáforas! Obrigada!
Beijos e boa semana.
Querida Teresa
ResponderEliminarDemorei um pouco a vir habitar esta casa, tão bela, que nos fala de coisas passadas mas que permanecem no sentir nas recordações. Uma nostalgia boa, um laço branco, uma menina e todo um mundo de Poesia, com que a minha Amiga faz os nossos dias mais harmoniosos.
Adoro lê-la, Teresa. Saio daqui mais em paz comigo, levando no coração um presente inestimável.
Beijinhos
Olinda
Gosto desta leveza na palavra esculpida, nos laivos das memórias e sonhos e seivas de vida, do coração cristalino do lugar, da melancolia, de tudo com o que você veste o poema. Deste claro canto dentro da Casa evocada! Do jorro poético que nos lava a alma!
ResponderEliminarComo diz a Olinda, como nos faz bem ler-te!
Um beijo, minha amiga Teresa!
Gostei muito de reler este excelente poema.
ResponderEliminarQuerida amiga Teresa, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Adorei esta casa, tão plena de boas memórias...
ResponderEliminarMais uma pura maravilha poética, que é uma verdadeira delícia apreciar!
Beijinho
Ana