A queda de uma pena
silenciou qualquer ruído
Demónios da mente
que se evaporam
no calor da luz…
Cores em catadupa
iluminam quartos vazios
Planícies plenas…
Será falsa realidade
ou
P
R
I
M
A
V
E
R
A
que me invade
todos os ecos…
Sussurro, livre do Inverno
que me perturbou
os sentidos
Rimo com ele…
um veemente adeus…
E, há quanto tempo eu esperava
com a janela escancarada
esse perfume subtil
que escalou lentamente a noite
no balanço duma pena
abandonou a nostalgia
acordou auroras de alegria
e, tocando-me, estremeci
A Primavera, para ti, colhi
Com surpresa e ternura despertaste
e, em esplendor, me abraçaste
Nesse dia, um baile de emoções
rompeu espontâneo no jardim
Afeiçoados em roda de poesia
bailámos num ritmo sem fim...
Jc Patrão / Teresa Almeida
02.04.11
com a janela escancarada
esse perfume subtil
que escalou lentamente a noite
no balanço duma pena
abandonou a nostalgia
acordou auroras de alegria
e, tocando-me, estremeci
A Primavera, para ti, colhi
Com surpresa e ternura despertaste
e, em esplendor, me abraçaste
Nesse dia, um baile de emoções
rompeu espontâneo no jardim
Afeiçoados em roda de poesia
bailámos num ritmo sem fim...
Jc Patrão / Teresa Almeida
02.04.11
Vou ser franco (aliás é assim que sei estar nos blogues). Não gosto muito de "parcerias ou poemas a duas mãos". Raramente se fundem. Muitas vezes competem entre si. Prefiro um poema feito na companhia da solidão...
ResponderEliminarEntretanto, lendo este (que parece já o ter lido no facebook) fico com a sensação que pode não ser tanto assim.
É preciso ou uma identidade muito grande ou uma "oposição" de sentimento para que isto funcione. Neste caso, a meu ver, aproxima-se mais com a identidade.
Desculpa esta retorica toda, só possivel, porque te tenho no rol das POETISAS que prezo.
Parabens pelo esforço (que se estende ao JC Patrão).
Beijinhos
Ricardo
Aprecio a tua retórica e agradeço a franqueza, sempre de louvar.
ResponderEliminarTambém é verdade que gostei muito deste desafio.
Gosto de estímulos e os teus fazem-me bem!
Obrigada. Beijinhos
Teresa
A queda de uma pena
ResponderEliminarsilenciou qualquer ruído...
Somente esse dístico já vale por todo um poema. O despontar da primavera, melhor o aprecia quem realmente conheceu as rudezas do inverno.
Este teu poema, assim como a passagem de tais estações, se metamorfoseia, vai do abstrato mais poético ao poético mais sentimental, mais amoroso, à eclosão mesmo da alegria.
Maravilhoso, minha amiga, meus mais sinceros aplausos!