sábado, 10 de janeiro de 2015

A ARTE É MULTIFACETADA

 
Doeu-me quando me apagaste,
como se amarrotasses as páginas,
destruísses as lombadas
e conspurcasses os laçarotes;
aqueles que diziam a festa da vida
aqueles que prendiam o carinho
a arte no enrolar de uma fita,
na cor e na textura do tecido,
no brilho solto no detalhe.
 
À hora do sol-pôr o botão é ouro,
os berloques são minaretes,
os pormenores são beijos,
poemas a arder no peito.
A arte é multifacetada;
não lhe apagues a graça,
não lhe belisques o estilo,
mesmo que tenhas direito.
 
Teresa Almeida Subtil


8 comentários:

  1. E arte que não só engenho, mora aqui, numa seda onde tão bem deslizam s palavras! Linda poesia, Teresa!
    Abraçooo!

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  2. A arte é mesmo multifacetada.
    Gostei muito, Teresa!

    Um beijo :)

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  3. Apagar é destruir.
    Mas pode levar à reconstrução...
    Excelente poema, gostei imenso.
    Boa semana, querida amiga Teresa.
    Beijo.

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  4. Que belo poema, Teresa. Reli-o várias vezes.
    Ninguém deve apagar nada, nem ninguém. E embora toda a gente
    possa fazê-lo, e como dizes, possa ser um direito que lhes assiste,
    perderão muito certamente. Contudo, o apagar nunca será definitivo.
    Só se tenta apagar o que foi forte.
    Gostei muito.
    xx

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  5. Minha Amiga Querida,

    A arte é multifacetada, um meio (caminho) da expressão
    da singularidade, a diferença no todo, uma liberdade
    igualitária das diferenças humanas.

    Através da tua arte poética, sinto o teu coração,
    as palavras nossas pontes de amizade...

    2015 luminoso,libertador e poético sempre!

    Beijinhos e abraço de alma...

    Ps:Adoro receber a tua presença e palavras inspiradoras
    que engrandece a minha poesia.Construímos uma
    partilha e amizade que valorizo muito,muito...

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  6. Palavras de corpo inteiro
    poliédricas

    Bjs

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  7. Arte é arte é e será sempre congregadora de povos, independentemente dos seus credos e raças. Contudo, nem todos são capazes de ter este olhar. Por isso se destrói tanto! A História dá-nos essa memória: já assistimos à queima de livros, à destruição de património, à censura, a massacres...
    E dói sempre, arrepia o olhar de quem tem arte em si mesmo.
    Gostei muito deste poema/arte.
    Bjo, querida Teresa

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