Será que ouviste o meu palpitar?
E a minha mão
acariciar a tua,
será que sentiste?
E os últimos
beijos
no teu rosto ausente,
percebeste-os
mãe?
Na hora dura
e fria,
deslizei num rio de paz,
firme leito
de afetos.
E no teu
peito me deitei
pela última vez.
Os teus
olhos, minha mãe,
haviam partido,
mas os meus
adoravam-te na luz que me deixaste.
Luz que, na
partida, quis dar-te.
E o sossego
da tua mão na minha.
Disse-te
tudo, como sempre.
Estou aqui,
mãe, como te dizia …
Acariciei
contigo os rostos que te queriam.
E te querem.
Passaste e viverás
no amor que semeaste.
Mãe, eu vi
as arribas a arder
quando à
terra desceste.
Teresa Almeida Subtil
Teresa, saio daqui em silêncio. Fiquei muito emocionada com o seu poema. Tenha coragem para aguentar a saudade.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um grande beijo.
Querida Teresa, saio comovida, sei bem disso, morre um pedacinho de nós...é muito duro, amiga.
ResponderEliminarDesejo muita paz pra você, e com o tempo tudo vira uma doce lembrança, mas sempre com a saudade presente. Mas temos de caminhar...
Beijo, minha amiga.
Querida Teresa,
ResponderEliminarFiquei muito emocionada com este teu poema e
compreendo tanto este teu momento agora, a perda
de uma mãe é sempre um abismo de dor e abandono
que se torna presente numa saudade eterna, posso
te dizer que com o tempo esta saudade ficará uma
doce e protetora companhia...
Ficas bem na medida do possível e um dia de cada vez,
tudo vai se arrumando por dentro, minha querida amiga.
Beijinhos e abraço de paz aconchegando a tua alma...
as arribas irão arder sempre, pela vida fora - chama sagrada!
ResponderEliminarabraço solidário, Teresa.
Um poema que me sensibilizou particularmente, Teresa!
ResponderEliminarLamento imenso a sua perda! Ficam as memórias, pelo menos... que ajudam a amenizar a partida dos nossos anjos...
Um beijinho grande!
Ana