O murmúrio
dos líquenes
É quando os
passos seguem a memória
Que o olhar
se exalta num mar tranquilo
E o trilho
se faz florindo.
E cada toque
de mão
É pétala
abrindo ao arfar do coração.
Cativo.
E em caminho
esquivo e tempo espúrio
É firme a
rocha que se abre ao solfejo.
O lugar é
peito que se expande e arde.
E é de
desejo que os líquenes se agarram
E os lábios
se abrem.
Liberta-se
maio, murmúrio antigo
Aqui retemperado e festivo.
Teresa Almeida Subtil
(Casa de Chá da Boa Nova)
(Casa de Chá da Boa Nova)
que todos os Maios te sejam "murmúrios antigos" retemperados e festivos.
ResponderEliminarbelíssimo poema, Teresa - a manter intacta a suavidade dos líquenes e das pétalas.
beijos, minha amiga
Belo murmúrio...
ResponderEliminarParabéns pelo teu poema, é excelente.
Bom fim de semana, amiga Teresa.
Beijo.
Teresa,
ResponderEliminarMuito belo, puro encanto a trazer
do canto da memória o trilho florido do coração:
"É quando os passos seguem a memória
Que o olhar se exalta num mar tranquilo
E o trilho se faz florindo.
E cada toque de mão
É pétala abrindo ao arfar do coração."
Ficou em harmonia com a música tão bela escolhida, amiga.
Aprecio imensamente a tua arte poética admirável.
Votos de feliz final de semana!
Beijinhos.
Querida Teresa
ResponderEliminarJá me aconteceu os meus passos seguirem os caminhos da memória, numa descoberta agridoce.
E sim, compreendo a magia deste Maio. Composto de sussurros antigos e de nova semente que floriu no seu coração. O seu menino d'oiro.
Gostei muito da imagem dos líquenes que se agarram,(aos muros), qual força do amor que faz do peito a sua morada.
Beijinhos
Olinda
"Quando os passos seguem a memória" podemos tecer a vida com o encantamento que desejamos. Seja mar, ou vento, ou líquenes, chegamos sempre onde "o lugar é peito que se expande e arde". Tão belo, Teresa!
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
Há, nas tuas palavras, um constante apelo à ancestralidade, como que o rebuscar dum paraíso (quase) perdido.
ResponderEliminarDeleito-me a ler-te, Teresa.
Abraço :)
Mais outro trabalho delicioso, que foi um prazer descobrir e apreciar...
ResponderEliminarAdorei este murmúrio... ancestral... de que o AC fala...
Magnifica inspiração... muito bem harmonizada, com a música de Rui Veloso...
Um beijinho grande
Ana
Andei a ler vários textos e fiquei encantada!
ResponderEliminarMuito grata por partilhar tanta beleza!
Um beijinho*
Fanny