Despudor
Toco-te, delicada, quase com ternura.
Olho a elegância arroxeada
e os matizes agradam-me.
Toco uma e outra vez … avanço e …
continuo a cobiçar-te …
É à toa que te folheio, e irrompo desastrada.
O último verso é mesmo o primeiro.
E percorro o poema sorvendo cada detalhe
que te é pele, que te é cheiro, despudor,
oblíqua miragem.
E se me quiser afogar de claridade,
preciso de me tornar íntima aragem
e ser do prado o teu olhar.
Sien bergonha
Topo-te, suable, quaije cun ternura.
Miro la simprecidade a dar al roixo
i l rostro agrada-me.
Topo ua i outra beç … arremeto i …
cuntino a cobiçar-te …
Ye a búltio que te leio, i bolo alborotada.
L redadeiro berso ye mesmo l purmeiro.
I cuorro l poema buendo cada cachico
que te ye piel, que te ye oulor, sien bergonha,
retrocida eimaige.
I se me quejir afogar de claridade,
perciso de me tornar íntema araige
i ser de l balhe l tou mirar.
Teresa Almeida Subtil
Lido no Congresso meu poema da Antologia de Autores Transmontanos
Durienses e da Beira Transmontana.
Durienses e da Beira Transmontana.
Teresa, minha amiga
ResponderEliminaro teu belo poema, não foi apenas lido - foi muito bem lido!
e, sobretudo, foi muito aplaudido e aclamado.
falo do que vi e ouvi,
sentado numa das primeiras fila do amplo anfiteatro
muitos parabéns!
beijos
Grata, meu amigo Manuel, por tão cálido testemunho.
EliminarUm abraço bem arrochado.
Esse prazer do nosso amigo Manuel Veiga de ouvir seu poema declamado e aclamado, não tive, querida Teresa!
ResponderEliminarSerá que meu aplauso chega a você??
Muito lindo, Teresa!
Beijo, uma boa semana!
O aplauso chegou, querida Taís.
EliminarE meu apertado abraço - de reconhecimento - atravessou o Atlântico?
Poema belíssimo com a tua assinatura, a tua arte poética
ResponderEliminaré admirável, aquela inscrição tão tua, que se distingue
neste perfume do verso, nesta tua luminosidade
expressiva, querida poetisa :
"E se me quiser afogar de claridade,
preciso de me tornar íntima aragem
e ser do prado o teu olhar."
Te acompanho exclusivamente nas partilhas dos blogs,
mas, faço ideia do valor para ti, vivido esta partilha
com teus amigos poetas da mesma terrinha natal e é natural
com o valor da tua poética é para ser aplaudida em pé.
Merecedora deste momento de reconhecimento da tua bela arte
poética, amiga.
Parabéns, minha querida.
Beijinhos.
A amizade que sempre nos acompanhou fica bem patente nas tuas palavras, querida Suzete. Reconfortantes. Partilhamos, alegria, estima e apreço. Que esta luz poética continue a brilhar para nós.
ResponderEliminarUm abraço bem apertado minha amiga.
Esse prazer do amigo Manuel... também não me foi possível ter... mas gostaria de saber, se qualquer dia posso ter o prazer de poder destacar este magnífico trabalho, lá no meu canto... com o respectivo link para aqui, Teresa...
ResponderEliminarBelíssimo e intenso trabalho... emanando vida e paixão pela mesma!
Beijinho! Feliz domingo!
Ana
Será , para mim, muito gratificante, querida Ana Freire. Aprecio imenso a qualidade do seu blogue. Passo lá por puro prazer literário e estético.
ResponderEliminarUm abraço bem "arrochado" (como se diz em mirandês).
Teresa,
ResponderEliminarSó posso invejar este amigo comum, o Manuel. No lugar certo, na hora certa.
Privilégio ouvir o poema declamado e aclamado. E ser testemunha do reconhecimento do seu talento, talento de quem sabe lidar com as palavras de maneira mais severa, impondo significados aos sentidos e aos sentimentos.
Este poema é para ser degustado como se come algodão doce...
Um beijo,