Somos cor e
pele, fragas expostas
Aos raios de
sol e de lua.
E pelas
geadas reluzimos mocidade.
Ainda que
rugosas.
Tocamos
caminhos desafiantes
E o sentido
não tem perigo
Se tivermos
asas no pensamento
E do vento a
cumplicidade.
Sorve-se o
instante, joga-se o olhar
E as contas
são de vida e fantasia.
E de neve os
passadiços.
Escorregadios
anos.
As palavras
partem selvagens
A planar
esculturas, sentinelas do tempo.
Aragem do
verso que se prende
E ousadia de
ave que o rio bebe.
Teresa Almeida subtil
Belas palavras que respiram por guelras
ResponderEliminarBj
Aplausos pra você, amiga!!!
ResponderEliminarE vamos caminhando nessa, pois a vida, em si, já é uma contradição.
Tocamos caminhos desafiantes
E o sentido não tem perigo
Se tivermos asas no pensamento
E do vento a cumplicidade.
Beijos, um bom fim de semana!
Teresa, minha amiga
ResponderEliminarfixo-me nestes versos "as palavras partem selvagens/
a planar esculturas/sentinelas do tempo" e deixo-me envolver pela "aragem de verso" e por essa paleta de sabores, cores e sons, em que se desdobra teu belíssimo poema.
uma verdadeira celebração de uma cumplicidade de afectos, fundada nessa "ousadia de ave" que o rio da(s) memória(s) mantém como matriz, atenta porém os enganosos "passadiços" da neve e os "escorregadios" passos da vida.
assim se forja o carácter e se imprimem os sinais precursores da Poesia
gostei muito. muito mesmo!
Beijo, Poeta
Vim atrás do teu perfume
ResponderEliminarDo verso e sinto a fragrância
Da palavra, na distância
Da selva como que estrume
Que alimenta o costume
De ouvir a palavra em ânsia,
Como no tempo de infância,
De qual sentido ela assume.
Palavra lançada ao vento
Que voa e toma o assento
Em ouvidos e sentidos.
E cada um interpreta,
Não a palavra concreta,
Mas o que soa aos ouvidos.
Belíssimo o teu poema, Teresa! Parabéns! Grande abraço. Laerte.
Aves com asas de vento e de lonjura. Palavras livres e selvagens. Um poema maravilhoso, Teresa!
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
O assumir duma certa forma de viver, longe de todos, talvez a maneira mais certa de preservar as palavras selvagens.
ResponderEliminarMuito teria para dizer - eu, beirão dos sete costados, mas também cidadão do mundo - acerca deste tema, Teresa. Fica para outra altura. Por ora basta-me o saborear das palavras.
Um beijinho :)
Bonitas palavras.Um poema que me fez pensar por alguns segundos. Gostei muito de passar por aqui pra conhecer.
ResponderEliminarDeixo um abraço e desejo de uma boa semana.
A cada geada vamos ficando mais velhos. Mas sem geadas também...
ResponderEliminarExcelente poema, parabéns, gostei imenso do teu poema.
Continuação de boa semana, amiga Teresa.
Beijo.
Olá, Teresa
ResponderEliminarEsses escorregadios anos! Há lá melhor forma de representar o tempo que passa? Mas há rebeldia no ar e elas, as palavras, esvoaçam em versos ousados prontos a contagiar o mundo.
Beijo
Olinda
Que as palavras sejam sempre selvagens, em impulso
ResponderEliminarlibertário, fonte e sede de sentires e poesia.
Belíssimo poema com a tua assinatura, querida Teresa.
Beijinhos.
Maravilhoso este planar... na aragem fresca das suas inspiradas palavras, Teresa!...
ResponderEliminarUma sensação de espaço e liberdade, emana deste belo poema... e também de continuidade... adorei!!!
Beijinho
Ana
Saboreando as palavras que o poeta as rotula de selvagens, mas ganham uma feição de suspensão de juízo, de força vital, um forte querer, que leva o poeta "a planar esculturas..." em que o limite é ilimitado.
ResponderEliminarUm beijo, Teresa!