terça-feira, 27 de novembro de 2018

Tons

Cheguei de lides literárias onde me senti em casa. Partilhei o meu rio, o nosso rio – poeticamente - e desfrutámos os seus remansos e sobressaltos, suas margens de picões e vinhedos e a vida que a corrente provoca. Passei pelo Porto, como quem faz escala numa cidade de íntimas melodias. Desta vez até me aventurei pelo metro cujo trilho é o mesmo que percorri antes de acrescentar vida à minha própria vida.
Finalmente em casa e, depois de múltiplas atividades, lancei um olhar demorado à cor das hortênsias, agora arrepiadas e engalanadas pelo outono - minha estação inspiradora. Pertence-lhe a missão de dar as boas-vidas a quem entra e a quem passa. Os sorrisos de agradecimento, por via de regra, não se fazem esperar.
Fiz-me então ao almoço. (Que comemos hoje? O que houver por aí!) Num triz, estava na mesa um cozido mirandês e André Rieu como acompanhamento musical. O acompanhamento não foi da minha lavra e a bebida também não, mas estavam os ingredientes todos.
Tão natural como a sede, surgiu o apetite de escrever. Restava apenas a garrafa e André Rieu que tinha prometido ficar. É por isso que o vou ver pessoalmente à capital E eu que já não ia a Lisboa há tanto tempo! Valeu a pena esperar.
Reparei, e bem, que ainda havia um resquício de Douro na mesa. Brindemos!

Teresa Almeida Subtil


13 comentários:

  1. Boa Tarde, querida amiga Teresa!
    Estou adorando acompanhar sua trajetória poética pois o mundo da poesia nos reserva momentos de alegria duradoura no coração.
    Tenha dias mais felizes e abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
    https://espiritual-marazul.blogspot.com/2018/11/colo-sublime.html

    ResponderEliminar
  2. Teresa,

    Uma narrativa envolvente, espelhando uma poeta
    no seu tom de alma sensível, a nos partilhar
    o seu sentir em cada detalhe...

    O escrever é um percorrer pela memória, pela alma
    com à vida nas mãos da inspiração!

    Uma semana feliz e na paz, minha amiga!
    Beijinhos.

    ResponderEliminar
  3. Depois dessas lides, nada melhor que um cozido mirandês...
    Teresa, tem um bom fim de semana.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  4. Um texto poético e muito agradável.
    Depois das gostosuras literárias, as hortênsias e o cozido, que nunca provei, mas acredito que deva ser bom e nutritivo.

    André Rieu, toujours!

    Beijos e bom domingo, Teresa.

    ResponderEliminar
  5. E que através da simplicidade possamos estar em contato com nossa essência mais profunda. Abraços, Teresa.

    ResponderEliminar
  6. Um excelente texto, Teresa! Vi-me a fazer os percursos contigo e até ouvi o André Rieu…
    Uma boa semana.
    Um beijo.

    ResponderEliminar
  7. Agora vieste não com o perfume do verso mas com os aromas atrevidos desse "Tons" e o teu cozido "Michelin"...
    Grandes viagens! :)
    Abraço, Teresa!

    ResponderEliminar

  8. Tons e sons, a arte de bem comer e beber...e amar, tudo faz parte da vida.
    Assim a sua bela escrita tão necessária como o pão para a boca, e que nos inunda a Alma.

    Uma felicidade tomar parte nesse encontro tão perfeito.

    Boa semana, querida Teresa.

    Beijinhos

    Olinda

    ResponderEliminar
  9. Olá, Teresa, gostei muito desta tua crônica poética, na qual contas de tua viagem a Lisboa, do livro lançado, do retorno à tua casa, o reencontro com as hortênsias, depois o vinho o prato principal e a boa música de Rieu.
    Parabéns!
    Uma ótima semana.
    beijo
    Pedro

    ResponderEliminar
  10. Teresa, passei para ver as novidades.
    Continuação de boa semana.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  11. Senti-me a fazer esse percurso, que tão apetecívelmente, nos descreveu, Teresa!...
    Um doce regresso, com uma merecida sensação de missão cumprida... com gosto... e sabor...
    Beijinhos
    Ana

    ResponderEliminar