A geada
roubou lírios à janela.
E as
magnólias brancas e perfumadas
São agora
escuras taças
Desabitadas.
Na lagoa
nada se espelha
E as
aromáticas da ribeira
Reclamam perfumes de outrora.
Falta o
espírito dos licores
E a adega da
motivação.
Há um chão
em que a alegria dói
E a
ambiguidade explode.
Ao longe um
silvo de saudade
E linhas de palavras
Geladas.
Teresa
Almeida Subtil
Uma harmonia entre as palavra, e a natureza. O chão doí, quando maltratado, sem perfume, gelado e seco. Um inverno reclamado.
ResponderEliminarUm excelente ano para todos com saúde.
Bjs
e' por vezes dura a natureza, mas la' terá as suas razoes.
ResponderEliminarum belo poema este, minha amiga Teresa, que descongela o coração.
uma boa semana e perpétua inspiração. bj.
LuisM
Bom dia , belo poema, revela em cada palavra algo que necessita de ser descongelado, não para que falte o espírito dos licores, mas para que mantenha o espírito dos licores aquecidos permanentemente.
ResponderEliminarAG
Que possam desfazer-se as ambiguidades, que a maior parte das vezes nos deixam desconcertadas(os).
ResponderEliminarBjo e bom domingo
poema depuradíssimo e vibrante ...
ResponderEliminarcomo se o "silvo da saudade"se erguesse do "espírito dos licores"
para reclamar os "perfumes de outrora" e repor a natural "linha da palavra", porventura perturbada por espúrios "chãos" (ou devoções)
gostei muito, Teresa
beijo
"Há um chão em que a alegria dói
ResponderEliminarE a ambiguidade explode."
É na Natureza como na vida. Tudo é secreto e imprevisível nas margens daquilo que desejamos…
Um belíssimo poema, Teresa!
Uma boa semana.
Um beijo.
Situações não clarificadas, coisas ditas sem convicção, sentimentos não expressos com sinceridade, tudo isso cria incertezas. Na verdade, o que nos envolve: a natureza e aquilo de que gostamos, tomam um ar embaciado e esmorece.
ResponderEliminarNa sua bela linguagem poética, querida Teresa, disse-o tão bem.
É sempre um gosto lê-la.
Beijinhos
Olinda
Buenas tardes, a mi me han impresionado la belleza y fuerza de estos versos +que dicen mejor que mis palabras lo que yo entiendo:
ResponderEliminarHá um chão em que a alegria dói
E a ambiguidade explode.
Ao longe um silvo de saudade
E linhas de palavras
Geladas.
La sinceridad y la belleza anidan en el alma de esta poesía. Un abrazo.
Nem sempre é simples comentar sobre um poema, na verdade considero quase nunca ser, porque penso que o comentário pode não ficar à altura da intenção do autor, senti um pouco isso ao ler esse teu poema, pois me abriu tantas margens de interpretações... Tuas palavras têm, às vezes, um misto de delicadeza e crueza, Teresa, e eu gosto disso, eu também gosto de te ler! Abraços.
ResponderEliminarO gelo também queima
ResponderEliminarBj sempre
Sobre uma paisagem hibernante paira a incerteza
ResponderEliminarno entorpecimento dos dias desprovidos de beleza,
em que se recordam com saudade, dias melhores...
Ao contrário do habitual, apreciei sobremodo a
profunda nostalgia do poema sublinhada pelo canto
dramático do par ibérico.
Beijinhos, Teresa.
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Mas depois da geada vem a vida, renovada...
ResponderEliminarExcelente poema, gostei muito.
Amiga Teresa, um bom fim de semana.
Beijo.
Essas incertezas, essa ambiguidade para alguma coisa devem servir, quem sabe sirvam como exercícios para mantermos um espírito mais elevado nessa conturbada vida!? Belo poema, amiga!
ResponderEliminarUm beijo, querida Teresa, um ótimo domingo.
Boa noite, Teresa, os primeiros versos desse teu belo poema "A geada roubou lírios à janela", teve a força para levar os meus pensamentos à minha cidade natal, São Joaquim, onde a geada e a neve se alternam no inverno, e gelavam todas as flores, só não gelaram o coração daquela criança que fui. Esse é o poder da poesia, que recupera sonhos.
ResponderEliminarUma ótima semana, minha amiga,
Beijo
Pedro
Vim à procura de novidades...
ResponderEliminarNa falta delas, gostei de reler o poema, que é magnífico.
Teresa, continuação de boa semana.
Beijo.
E a natureza, e os sentires... renovam-se... em todas as suas ambiguidades... que abrem caminho... para outras tantas possibilidades... adorei este paralelismo entre ambas...
ResponderEliminarMais um notável momento de inspiração... que casou muito bem, com uma acertada opção musical...
Beijinho
Ana
Não tarda , querida amiga, que tudo explodirá em breve ao som das palavras que soltas, sementeira da próxima estação. E as escarpas serão mais uma vez cantadas com o desafio dos teus poemas com que tanto encantas.
ResponderEliminarGrande Beijinho, Teresa