De ti
De ti guardo a fantasia
roubada à socapa no jardim ao lado,
guardo páginas rubras de poesia,
um fado, um livro
e a urgência do romance
apenas começado.
De ti guardo a liberdade do olhar
no fulgor perscrutador do silêncio,
guardo palavras com aroma a café
e o diálogo acordado dos lábios
noite dentro.
De ti guardo a alegria
de sementeira matinal,
guardo a rosa rubra aberta à alvorada
e um cravo vermelho amadurecido,
colhido por mãos que roubam flores
à madrugada.
De ti
De ti guardo l delareio,
Roubado a la falsa fé ne l jardin a la
borda,
guardo páiginas burmeilhas de poesie,
un fado, un lhibro
i l'ourgença de l remanse
acabado de ampeçar.
De ti guardo la lhiberdade de l mirar
na lhuç que porcura l siléncio,
guardo palabras cun cheiro a café
i la cumbersa guicha de ls
lhábios
nuite afuora.
De ti guardo l’alegrie
de sementeira matinal,
guardo la rosa quelorada abierta a
l’alborada
i un crabo burmeilho amadurado,
colhido por manos que róuban froles
a la madrugada.
Teresa Almeida Subtil
Guarda, sim, a fantasia, a liberdade do olhar, a alegria e tudo o mais que o coração consentir. Lindíssimo poema, minha Amiga Teresa. Foi um gosto ouvir o Zeca.
ResponderEliminarUma boa semana e uma Páscoa cheia de Amor.
Um beijo.
Quanto se pode guardar de quem amamos e nos ama: "que amor não engana"...
ResponderEliminarComo sempre, encanta-me a tradução dos versos em mirandês!
Boa semana e uma feliz Páscoa!
Abraço!
De ti - que belo poema, minha amiga!
ResponderEliminarDe ti guardo a liberdade do olhar
no fulgor perscrutador do silêncio,
guardo palavras com aroma a café
e o diálogo acordado dos lábios
noite dentro.
Uma linda Páscoa pra você, com toda a poesia no coração.
beijo!
De ti guardo o enorme gosto em ler-te
ResponderEliminare o prazer de saber-te, poetisa, amiga, mulher, profundamente vinculada
aos territórios e aos lugares que me povoam e que são teus...
enorme teu Poema, Teresa Almeida
Beijo, querida amiga
Tanta coisa para guardar! E só maravilhas!
ResponderEliminarGosto especialmente da primeira estrofe que sugere uma lua de mel...
Um poema de Abril encantador... há muito que não ouvia o Zeca.
Dias de agradabilidade e contentamento.
Tudo bom, Teresa.
Beijinhos.
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"De ti, guardo a fantasia",
ResponderEliminarComo o sonho mais real
Do perfume, em recital
Dos textos de poesia!
Teresa, tens a magia
De versejar com o tal
Engenho, que em Portugal
É luz que a alma alumia!
Desde Camões se verseja
Com devoção em que igreja
É a profissão de uma fé
A Deus e a luz que sobeja
Da Sua luz. A cereja
Do bolo, o teu verso é!
Parabéns, Teresa! Sempre primorosa em tuas composições! Deus seja louvado! Grande abraço! Laerte.
Olá, Teresa!
ResponderEliminarUm poema sensível, delicado poema, um canto de amáveis lembranças. Gostei muito, minha amiga!
Meus votos de uma Feliz Páscoa, Teresa.
Um beijo.
Pedro
Maravilhoso poema... com uma energia contagiante, e um entusiasmo... que se bebem a cada palavra...
ResponderEliminarE já guardado... este belo poema... para qualquer dia o destacar lá no meu canto, se não vir inconveniente, Teresa!
Para ler e reler... Adorei!!! Beijinhos! Feliz Páscoa!
Ana
Grata, querida Ana Freire.
ResponderEliminarSe as minhas palavras saltarem para o seu blogue, só posso sentir-me feliz. Entendo que a poesia é para ser partilhada e degustada.
Beijos.