À volta da mesa as expressões dizem da qualidade da comida.
E entre os convivas perpassam sentimentos de união.
Afinidades de paladar atraem grandes amizades.
Somos soltos e dizemo-nos verdadeiramente.
Conquistamo-nos, é verdade.
À volta do tacho fervilham versos de arrepiar.
E é de cumplicidade que os ingredientes se envolvem
E os temperos acrescentam singular paladar.
Cruza-se a fantasia nas mãos de quem compõe
Um prato de indescritível prazer.
Cozinhar é um dom de quem o sente e partilha.
Até o poeta se ajoelha e declama, o músico dedilha a
melhor melodia.
E o pintor acende tons impressionistas.
A mesa é um lugar sagrado. É um lugar de afetos.
E é tão natural a gargalhada
Como a guitarra bem afinada a contorcer-nos o corpo
e o espírito.
E a satisfação e o rubor sobem ao rosto
De quem da
cozinha faz poesia.
Teresa Almeida Subtil
Também sinto a mesma relação entre a poesia e a culinária esmerada e já expressei essa ideia num poema.
ResponderEliminarÓtimo festival... Prova de tudo...
Abraço grande.
~~~
Teresa,
ResponderEliminarReunia amigos em torno de uma mesa de refeição é algo nobre, que Jesus Cristo já praticava com seus apóstolos.
Os prazeres da vida estão em partilhar e compartilhar esses bons momentos ao lado de quem gostamos e, que tem reciprocidade de sentimentos por nós.
A poesia está para a literatura, assim como o sal está para a culinária... É indispensável!!!
Beijos também são bons temperos dessa vida...
Então, beijos para ti, minha querida!
Até a próxima!!!
"Cozinhar é um dom de quem o sente e partilha." Quase senti o cheiro da boa comida e dos condimentos. E a pão me souberam as palavras…
ResponderEliminarMuito bom, Teresa! Uma boa semana.
Um beijo.
duas "liguagens" - a poesia e a culinária - ao serviço do mesmo objectivo de bom gosto e paladar apurado.
ResponderEliminarrequinte e sabedoria, especialmente, elaborados neste maravilhoso poema
gostei muito, Teresa
beijo
"linguagens", deve ler-se
ResponderEliminarpeço desculpa
Bom dia Teresa,
ResponderEliminarUm poema belíssimo!
Em redor da mesa onde a poesia está presente e a Poeta a sabe captar divinamente.
Um beijinho e ótimo dia.
Ailime
Que ótima criação, Teresa, poesia e 'quitutes' devem ser deliciosos! Taí uma combinação que eu desconhecia, mas aprovo, e provo! Estou servida?
ResponderEliminarBeijo, querida amiga.
Até na cozinha pode haver poesia...
ResponderEliminarE este teu magnífico poema tem os paladares da excelência.
Teresa, um bom fim de semana.
Beijo.
ResponderEliminarQuerida Teresa
Não pude deixar de sorrir, agradada, à medida que ia lendo este seu poema saboroso e cheio de amor. E sorria porquê? O meu irmão Manuel teve sempre a pretensão de se transformar num grande cozinheiro, com restaurante próprio. Mas não passa disso, pois, confiando em toda a gente, os seus negócios nessa área vão sempre por água abaixo. Tem sempre grandes ideias, não haja dúvidas, e ficamos a tremer quando ele os expõe à família. :) Há uma coisa que ele me disse um dia destes: "Sabes uma coisa? Considero quem cozinha um maestro que tem a arte de orquestrar tudo, todos os ingredientes, cada um deles desempenhando o seu papel com vista ao grande momento de degustação que culmina num prato bem confeccionado." E enquanto isso, ia temperando, juntando, separando, cortando, picando, com as suas ágeis mãos. Mãos de músico, porque também é músico.
Ao ler o seu poema vi como ele tem razão na atenção que dedica a cada um dos pormenores na arte de cozinhar, pois, a comida cozinhada com amor tem outro sabor .
E realmente, minha amiga, à volta de uma mesa onde nos reunimos com todos os que amamos gozamos momentos de companheirismo, de amizade, de amor, numa grande comunhão, literalmente.
Beijinhos
Olinda
É mesmo... a poesia tem sempre infinitas formas de se revelar... e também à mesa... tanto para quem cozinha, como para quem saboreia...
ResponderEliminarFantástico este poema, que levou a poesia a ser repensada e apreciada, através da gastronomia...
Mais uma inspiração brilhante, Teresa! Parabéns!
Beijinho
Ana