Agita-se
o Outono e é Novembro
A
chuva miúda fustiga-me os cabelos
E
gotas descem aos lábios
A
desluzir palavras
E
a deslaçar os dedos.
Quase
nada
Apenas
estrelas tombam dos candelabros
Para
acenderem olhos nos olhos
Fantasia
a arder em luz coada.
Um
aroma a goivos
Evade-se
pela porta entreaberta
E
reflexos de lamparinas rubras
Deslizam
na rua quebrada.
E
a gigantesca árvore é já poema
Com
alma e pena de bailarina
Vibrante
sina que prende a noite
À
saudade. Vadia, a palavra
É
humidade que penetra e liberta
Volúpia
de ondas azuis
Marés secretas.
TeresaAlmeida Subtil
Bom dia. Mais palavras para quê!. Poema simplesmente maravilhoso e encantador
ResponderEliminarDeliciei-me a lê-lo.
Domingo feliz
Um quase nada... que nos enche a alma...
ResponderEliminarBelíssimo poema, Teresa, que tão bem nos passa o espírito do Outono, que se respira no nosso Portugal mais profundo... e neste inspirado momento poético!
Beijinho! Feliz semana!
Ana
"E a gigantesca árvore é já poema"
ResponderEliminarAdorei todo o poema, mas este verso foi de uma inspiração suprema!
Beijinhos e boa semana!
No outono os contrastes existem em todos os olhares, mas são os poetas que conhecem as palavras certas para falar do encantamento das cores, dos aromas, da volúpia… Magnífico poema, Teresa!
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
uma belíssima aguarela de Outono (ou não fosses tu talentosa pintora), que se derrama na tela em expressivas cores e tons ...
ResponderEliminarcomo se talento e a sensibilidade da poeta erguessem uma nostálgica e festiva celebração de Vida
gostei muito, Teresa
beijo
Belíssimo, querida Amiga, belíssimo!
ResponderEliminarEsta tarde compus um poema também sobre chuva, em interação com a Marta Vinhais...
No meu jeito simples.
Grata pelos bons momentos de leitura.
Dias serenos e aconchegantes.
Abraço grande.
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Olá, Teresa!
ResponderEliminarParabéns, minha amiga Teresa, por este inspirado
e bem construído poema. Uma beleza!
Uma boa semana Teresa.
Um beijo.
Pedro
ResponderEliminarQuerida Teresa
"Quase nada" que é Tudo nesse seu poema, que nos traz a magia que o Outono respira e que nos encanta com os seus tons, cheiros e sabores. Em toada maviosa embalamo-nos e deixamo-nos ir nessas marés secretas, fluxo e refluxo da sensibilidade imensa que nos oferece na sua escrita, minha Amiga.
Adorei o seu poema. Como sempre.
Beijinhos
Olinda
Que belo poema , Teresa !
ResponderEliminarÉ a minha leitura de outono quando as folhas caídas já não trazem a placidez dos raios amarelos .Tao bela essa metáfora quando dizes que a “árvore é já poema”! Tantas sinestesias que este imagem nos traz , tantas leituras para celebrar o teu enorme poema de hoje !
Deixa que pelo menos o tamborilar da chuva na vidraça traga mais versos
Beijinho para ti
Mais um magnífico poema.
ResponderEliminarOnde as palavras penetram no leitor em marés nada secretas, porque são tuas...
Teresa, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Porque as palavras podem, caso queiramos, de tantas formas nos libertar. Costumo dizer que o silêncio,da boca e dos dedos, nunca erra, porque não deixa margens para erros, equívocos, mas as palavras, ainda que às vezes elas se equivoquem, são sempre mais corajosas do que o silêncio, além do ato generoso que é se doar aos outros através do que nossas bocas e mãos podem dizer. Um beijo, Teresa, espero que estejas bem.
ResponderEliminarQue bom voltar a ter o prazer de te ler, Teresa! A alma desliza...
ResponderEliminarUm beijinho :)
Um maravilhoso retrato poético do Outono... adorei cada palavra, como sempre!
ResponderEliminarParabéns, Teresa, pelo talento, sensibilidade e paixão, que sempre nos transmitem as suas inspiradoras palavras!...
Beijinho
Ana